Alegrias no Pastoreio

Dom Messias dos Reis

Estou quase completando 12 anos de ministério episcopal em nossa amada Diocese de Uruaçu. No começo do meu ministério escrevi um artigo dizendo que eu era um Bispo aprendiz. O tempo passou, muitas experiências me ajudaram a amadurecer, mas continuo aprendendo. Logo no começo desejei construir um Plano de Pastoral com os sacerdotes, consagrados e todas as lideranças da Diocese. Realizamos um ano de conversão pastoral. Era o sonho de um Bispo novo. Pensava que depois de um ano estaríamos pastoralmente convertidos. A pergunta que norteava nossas reflexões era; “O que devemos fazer?” (Lc 3,14). O tempo passou e Deus foi nos indicando algumas situações que precisávamos trabalhar.

Iniciamos o processo de construção de um Plano de Pastoral. Muitas orações, reuniões e reflexões foram feitas. Aos poucos nosso Plano foi nascendo. Um lindo texto foi elaborado. O Plano foi levado à Assembleia Diocesana para ajustes e aprovação. Recordo-me de minha emoção ao proclamar para a Assembleia que nosso Plano estava aprovado. Uma grande salva de palmas foi dada e iniciou-se o canto do Te Deum.

O que Deus nos pede é sempre mais do que fazemos. Quando completou o tempo de vigência do Plano, a Assembleia aprovou que o mesmo fosse conservado e adaptado com as novas orientações das Diretrizes Gerais e outros documentos do magistério atual. Os ajustes foram feitos e tivemos o segundo Plano de Pastoral. A Diocese, ao longo dos 61 anos de evangelização, já teve outros Planos de Pastoral. Esses dois últimos eu acompanhei a construção e execução dos mesmos.

A Diocese está caminhando iluminada pelo Espírito Santo, impulsionada pela Palavra de Deus e santificada pela ação litúrgica. Somos um povo que buscamos forças para viver e agir na alegria do Senhor (cf Ne 8,10).

O Papa João Paulo II, hoje santo, disse que “o horizonte para o qual tende o caminho pastoral é a santidade” (NMI 30). Assim creio que todas as ações que estamos realizando na Igreja, desde o abrir a porta, acender um vela, catequizar, celebrar, reunir até as exéquias e missas de sétimo e muitas outras ações colaboram para a santificação das pessoas.

O Papa Francisco deseja que a santidade alcance a todos, por isso ele pede para sermos uma Igreja em saída, ou seja missionária. É preciso ouvir os apelos do Senhor e atender o seu chamado e se disponibilizar para ser enviado. “Onde mandar eu irei”. Como é bom ser enviado pelo Senhor, para o meio de sua messe. A messe é grande e os operários são poucos.

Dom Messias dos Reis Silveira

Bispo Diocesano