Papa Francisco, Jorge Mario Bergolio, da Argentina, faleceu esta manhã de segunda feira 21 de abril as 7h35 no Vaticano.
Primeiramente manifesto meu pesar pedindo o descanso eterno para ele e me solidarizando com todos os católicos que, de certo modo, perdem um pai. Eu estava em Roma quando Joseph Ratzinger, Bento XVI, renunciou ao pontificado, e em março foi eleito o papa Francisco, estava no Vaticano no momento de sua apresentação. Naquela noite ele pediu e nós fiéis, na praça San Pietro, rogamos a Deus por ele.
Seu pontificado durou 12 anos, um mês e uma semana. Seu legado será conhecido como um Papa que viveu como pobre e muito defendeu os pobres, razão da escolha de seu nome. Moveu ações concretas para socorrer os mais fracos, vulneráveis e desvalidos, moradores de rua inclusive, promovendo também o dia mundial do pobre (ocorre no final de novembro) como forma de conscientização sobre esta classe mais sofrida. Além de denunciar injustiças e defender o ecossistema, sua mensagem mais destacada é sobre a misericórdia divina na qual sempre insistiu: “Deus não se cansa de perdoar!”.

Procurou não fazer propriamente inovações dogmáticas, senão que incentivar maiores atividades pastorais junto as tendências mais modernas em que o mundo se encontra. Entre está a multiplicidade de religiões, filosofias, ideologias e comportamentos com implicações morais como foi o caso do documento relativo a questões de gênero.
Papa Francisco fez várias alterações no Código de Direito canônico, numa linha anticonservadora; igualmente na escolha de muitos bispos de vanguarda. Neste sentido, parece ter empreendido um passo reformista na Igreja cujos efeitos só mais adiante entenderemos. Homem mui dedicado como Pastor da Igreja no mundo, com várias viagens missionárias, interagindo também com os Setores culturais mais variados da sociedade.
Tive algumas oportunidade de encontrar o Papa Francisco, inclusive com ele celebrei meus 25 anos de sacerdócio na Capela Santa Marta e, no último novembro, outra vez, pude cumprimenta-lo e lhe pedir que abençoasse meus paroquianos de Santa Rita de Cássia e meus familiares.
Enfim, como fiz no dia de sua eleição e ao longo de seu Pontificado, hoje rogo novamente por sua partida, pelo seu encontro com Nosso Senhor, cabeça da Igreja, a quem ele serviu com tanto amor. Meu coração e prece se voltam, ainda, para o próximo papa que há de ser eleito sob a luz do Espírito Santo para continuar o legado de Jesus Cristo na terra conduzindo sua Igreja rumo ao Pai eterno.
Pe. Crésio Rodrigues da Silva
Pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia em Santa Rita do Novo Destino-GO