Civiltà Cattolica: documento preparatório ao Sínodo, um "mapa" para a Igreja

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O Documento preparatório ao Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, revela-se “fruto de um discernimento maduro e não o desenvolvimento de um modelo ideal abstrato”.

É o que escreve na “Civiltà Cattolica” o Padre Diego Fares, ao definir o documento como “um mapa para o caminho sinodal”. O jesuíta argentino observa que o texto apresenta uma informação “não do tipo abstrato, mas comprometida e testemunhal”.

Também é significativo o fato de que a Igreja entre “em diálogo com os jovens não somente como mestra, mas também como discípula, como Igreja que através dos jovens poderá perceber a voz do Senhor”.

A revista dos jesuítas evidencia que com este Sínodo – por desejo do Papa Francisco – “a Igreja assume a postura de quem interroga-se sobre como acompanhar bem os jovens”, encorajando-os, por sua vez, a serem “protagonistas da própria vocação e de seu destino”.

Uma parte importante do artigo que abre a última edição da “Civiltà Cattolica” é dedicado ao Papa e aos jovens: “Com os seus quatro vezes 20 anos, Francisco comunica muito bem com quem de anos tem somente 20”.

Francisco – escreve o sacerdote – é apreciado pela juventude porque “não recita um script”, “se expõe ao diálogo e a perguntas incômodas”.

É possível encontrar esta postura – observa o jesuíta – no Documento do Sínodo, que reconhece “a pluralidade dos mundos juvenis” e olha para os jovens “lá onde vivem”, colhendo disto “a dimensão existencial”.

Isto – evidencia o artigo –  é muito importante, porque o risco é que “enquanto se discutem questões abstratas, se perdem inteiras gerações.

Significativamente, “diante da provisoriedade das decisões que caracteriza o mundo – escreve Padre Fares – a indicação do Papa é: arrisca!”. Neste sentido, o Papa pede aos jovens para serem exigentes e audazes, “arriscar tudo por um ideal”.

Fé, discernimento e vocação – prossegue a Civiltà Cattolica – são os pontos fortes do documento, que foca na “alegre consciência da nossa fé e vocação”.

Todo o texto “parte da pergunta que a Igreja faz a si mesma: como acompanhar os jovens para que reconheçam o chamado e como pedir a eles ajuda para identificar as modalidades mais eficazes para evangelizar”.

O critério – prossegue – é “que caso se queira dialogar com os jovens e acompanhá-los realmente, é essencial a escolha de um tema de primária importância, em que eles arriscam a própria vida”.

Na conclusão, o Padre Diego Fares diz que o Documento preparatório para o Sínodo mostra uma Igreja “companheira de caminho dos jovens”, consciente que para acompanhar é preciso “encontrara linguagens da pastoral” que podem ser plenamente compreendidos pelos jovens.

Por Rádio Vaticano