9 de julho: Igreja comemora a santidade da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer, hoje, Santa Paulina

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No dia 9 de julho, a Igreja comemora a santidade de vida da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer, hoje, Santa Madre Paulina, que nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, província de Trento, no norte da Itália. Ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 1991, quando o Papa visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.

Biografia

Nessa época, começava a emigração dos italianos, movida pela doença e carestia que assolava a região. Foi o caso da família de Amábile, que em setembro de 1875 escolheu o Brasil e o local onde muitos outros trentinos já haviam se estabelecido no estado de Santa Catarina, em Nova Trento, na pequena localidade de Vigolo.

Assim que chegou, Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e tornaram-se grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a primeira comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade.

Logo em seguida, o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial, encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a são Jorge. Mas mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor.

Crédito: Santuário Santa Paulina

Amábile incluía, sempre, Virgínia nas atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não soubesse que já se consagrava a Deus.

Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela, para lá rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e Virgínia atuando como enfermeiras.

Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro, tendo sido aprovada pelo bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina.

A santidade e a vida apostólica de madre Paulina e de suas irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poderem sobreviver.

Em 1903, com o reconhecimento de sua obra, madre Paulina foi convidada a transferir-se para São Paulo. Fixando-se junto a uma capela no bairro do Ipiranga, iniciou a obra da “Sagrada Família” para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravatura, ocorrida em 1888. Em 1918, madre Paulina foi chamada à Casa-geral, em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação. Nesse período, destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãzinhas doentes.

Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na Casa-geral de sua congregação, em São Paulo.

Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991, quando o papa visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.

Conheça mais sobre Santa Paulina no site: http://www.santuariosantapaulina.org.br/

Ano jubilar

Para comemorar o ano jubilar, os 20 anos da canonização de Santa Paulina, a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, instituição religiosa fundada pela santa, organizou uma exposição de arte, que antecede a entrega do Título de cidadã Paulistana, pelos serviços prestados a cidade de São Paulo, de 1903 a 1942.

A Abertura oficial da Exposição: O Rosto Feminino do Sagrado na arte Bizantina, do artista Marco Funchal, acontece nesta quinta-feira dia 7 de julho, às 20 horas, no Eventos & Hospedagem Sagrada Família, situado à Rua Padre Marchetti, 237, Ipiranga, São Paulo-SP e estará aberta a visitação entre os dias 7 a 10 de julho de 2022, das 7 às 21 horas. A entrada é franca.

Ela trará vários ícones que fazem referência as Nossas Senhoras de diversos títulos, bem como alguns painéis que retratam a vida de Santa Paulina. O artista. Marco Funchal, é formado em arquitetura, mas desde o início de sua carreira, aflorou seu gosto pela arte sacra, pelo Brasil afora suas obras estampam diversos templos e igrejas, como o Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

E, no dia 6 de agosto, às 15 horas, no mesmo local – A Câmara dos Vereadores de São Paulo entregará o título de Cidadã Paulistana (póstumo) à Santa Paulina, em reconhecimento pelos trabalhos sociais e de promoção da vida, realizado por ela e pelas Irmãs de sua Congregação.

 

Com informações do Santuário Santa Paulina e Vatican News

Fonte: CNBB