Arcebispo da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista faz apelo para oração pela paz na Ucrânia

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Diante das ameaças de invasão militar que a Ucrânia vem sofrendo por parte da Rússia, o arcebispo da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, dom Volodemer Koubetch, faz um apelo para que as Igrejas Católicas do Brasil – do rito latino e dos ritos orientais – se unam em oração pela paz no Leste Europeu, especialmente na Ucrânia.

Desde 2014, a Ucrânia vive uma situação conflituosa com a Rússia, o que já resultou em mais de 14 mil mortos. O arcebispo recorda que mais de meio milhão de brasileiros são descendentes ucranianos e muitos têm família na Ucrânia, por isso essa é uma questão que também diz respeito ao Brasil, como país e como Igreja.

Dado que dia 22 de janeiro se comemora o “Dia da Unificação da Ucrânia”, dom Volodemer sugere que nos dias 22 e 23 de janeiro, nas celebrações da Santa Missa, seja colocada a intenção de um fervoroso pedido de unidade, prosperidade e paz, em apoio à independência da Ucrânia e para impedir uma nova invasão russa.

Às Igrejas Católicas no Brasil: do rito latino e dos ritos orientais
PEDIDO DE ORAÇÃO PELA PAZ NA UCRÂNIA

Em solidariedade ao povo e nação ucraniana e à Igreja que sofre na Ucrânia, tanto a Latina quanto a Bizantina, em nome da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, com sede em Curitiba (PR), e também da Representação Central Ucraniano Brasileira, encabeçada pelo Dr. Vitório Sorotiuk, venho humildemente solicitar a todas as Igrejas Católicas no Brasil – a latina e as orientais melquita, maronita, armena e a própria Igreja Católica Ucraniana – congregadas na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a orarem pela paz no Leste Europeu e, principalmente, na Ucrânia.

Desde 2014, a Ucrânia padece com a ocupação ilegal da Crimeia e com a guerra de agressão nas províncias do leste ucraniano de Donetsk e Luhansk. Esta guerra já custou à Ucrânia mais de 14.000 mortos, mais de 30.000 feridos e 1,5 milhão de deslocados internos. Há vários meses, a Rússia está novamente ameaçando uma nova invasão do território soberano ucraniano para restabelecer seu antigo império de dominação, escravidão e morte.

Os ucranianos fazem parte da nação brasileira. Mais de meio milhão de brasileiros são descendentes de ucranianos e tem suas famílias na Ucrânia, sob a ameaça russa. A questão ucraniana é também um assunto do Brasil, como país e como Igreja. O Brasil é uma nação democrática, hospitaleira, multicultural, solidária e cristã, cujo povo sempre demonstrou enorme solidariedade diante dos sofredores e atuou exemplarmente em frentes humanitárias.

22 de janeiro é o Dia da Unificação da Ucrânia, uma ocasião apropriada para intensificar o humanismo e a solidariedade. Diante da situação dramática vivida pelos nossos irmãos e irmãs ucranianos, peço que nos dias 22 e 23 de janeiro, nas celebrações da Santa Missa, seja colocada a intenção de um fervoroso pedido de unidade, prosperidade e paz, em apoio à independência da Ucrânia e para impedir uma nova invasão russa.

Confiante na força da oração, agradeço e peço que a bênção e a paz de Deus alcancem os vossos corações.

Dom Volodemer Koubetch
(Arcebispo da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista)

Padre Valdecir Badzinski
(Secretário executivo da CNBB Sul 2)

Fonte: CNBB