Leigos e leigas constituem maior porcentagem de participantes da Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe

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De casa, Leonardo Henrique de Souza Moura acompanha de forma online a Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe cuja versão presencial acontece na Cidade do México até o próximo dia 28 de novembro. Leigo e coordenador da Comissão Nacional de Comunicação do Conselho Nacional de Leigos do Brasil, o CNLB, Leonardo além de ser assembleista tem atuado de forma a realizar sua cobertura jornalística.

Apesar de algumas dificuldades, como a questão do fuso horário, ele salienta que tem feito de tudo para que os que não estão como delegados, participando in loco ou até mesmo dentro da plataforma possam sentir a energia de viver esse momento tão histórico da igreja latina.

“Tá sendo um momento muito bacana, mas ao mesmo tempo bem difícil porque é algo novo para nós e estamos aprendendo com os nossos irmãos do México que tem partilhado muito com a gente e, assim, vamos nos organizando na questão dos fusos horários, pois há uma diferença de fuso, onde começamos às 11h e nos estendemos até às 22h ou 23h”, diz.

Leonardo destacou que a realização da primeira Assembleia Eclesial Latino Americana e do Caribe tem sido ímpar e singular para a América Latina. “É um momento de parar, pensar, planejar e refletir quais são os rumos e os sonhos que agora, nós Igreja, iremos assumir enquanto cristãos leigos, padres, bispos, religiosos, consagrados nesse compromisso”, reiterou.

Sinodalidade

Leonardo Henrique de Souza Moura. Crédito: Acervo Pessoal

O que mais tem chamado atenção de Leonardo nesses dias de Assembleia tem sido a palavra de ordem que a Igreja usa – a sinodalidade. E nesse processo, de acordo com ele, uma das coisas que lhe tem despertado atenção são os grupos de trabalho.

“Neles nós podemos enquanto cristãos leigos, religiosos, padres, bispos e consagrados estarmos juntos pensando rumos, pensando nos quatro sonhos proféticos na nossa igreja latino-americana, pensando na sinodalidade em busca dessa civilização do amor”, disse.

Leonardo salientou que algumas das discussões que tem sido pautadas durante os dias em que já esteve participando da Assembleia tem sido a opção preferencial pelos pobres, pelos jovens, pela família e o empoderamento da mulher dentro dos espaços religiosos.

“Essas são as discussões que tem sido pautadas nesses dias da Assembleia e sempre trazendo a perspectiva dos quatro sonhos que é uma questão que vem do Documento de Aparecida: sonho cultural, eclesial,  social, ecológico. Isso tudo é civilização do amor, é cultura do bem viver, é buscar uma unidade em nossa igreja latina”, enfatiza.

Leonardo avalia a experiência de estar participando da Assembleia como “algo maravilhoso”. “É o verdadeiro Kairós para a nossa Igreja. Avaliar esse Kairós é avaliar essa unidade. Tudo que viemos fazendo e organizando é nessa perspectiva de sinodalidade com o projeto de Jesus Cristo, tudo trazendo nesse impulso dessa renovação do Vaticano II (…). Esse momento é impar, histórico na vida do Brasil”, salientou.

Leonardo também avalia como positivo os grande avanços e amizades que estão surgindo durante o processo. “Isso tudo vai ajudar nesse trabalho em nível latino-americano, com os cristãos leigos em saída pra lá e de lá pra cá”.

“Vamos aprender muito com o povo de lá e o povo de lá com o povo de cá.”, finalizou Leonardo

A Assembleia

A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe tem como lema “Somos todos discípulos missionários em saída” e é realizada de 21 a 28 de novembro de 2021, presencialmente no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, e de forma remota em outros lugares da América Latina e do Caribe.

A grande novidade desta primeira edição é que a maior porcentagem, 40 por cento dos assembleistas, são leigos e leigas, conforme o padre Luis Miguel Modino, do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam).

 

 

 

Fonte: CNBB