Anualmente a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) mobiliza todas as pessoas e comunidades a viverem a Campanha da Fraternidade, com reflexões a partir do método “Ver, Julgar e Agir” e marca o início da quaresma na Igreja Católica.
Neste ano de 2022, o tema será: Fraternidade e Educação e o lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Cf Pr 31,26) tendo como objetivo central a promoção de um diálogo a partir da realidade educativa no Brasil à luz da fé cristã e propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário. Destacando que todos somos educadores e educandos, um incentivo para a missão educacional de cada pessoa, da família, da Igreja, da escola, e de toda a sociedade; a campanha deste ano, é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco.
Acompanhe a entrevista sobre a CF 2022 com a professora Roberta Guedes, gerente da Câmara de Educação Básica da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC):
Quais são os objetivos específicos da Campanha da Fraternidade 2022?
Analisar o contexto da educação e os seus desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar os valores e as referências da Palavra de Deus e da tradição cristã, em vista de uma educação humanizadora; pensar o papel da família, da comunidade de fé, da sociedade no processo educativo; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral junto às escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos. E, também, promover uma educação comprometida com as novas formas de economia, de política e de progresso, verdadeiramente a serviço da vida.
O que significa olhar a educação de forma integral e inclusiva?
É entender que nós estamos falando de um ser humano completo que não é só razão, que não é só emoção, que não está sendo formado apenas para trabalhar. Falar da condição humana enquanto rumo e orientação para um projeto de vida.
Como educar com as lições cotidianas da vida e também com as crises que nós passamos, como a crise da pandemia da Covid-19?
É preciso evocar profundamente a perspectiva humanista da educação. Por isso, é que nós temos que acreditar na educação em comunhão e para viver em comunhão. Conceber essa democracia como estado de participação de todos. E é assim que nós vamos superar todas as mazelas da Covid-19.
Qual é a tarefa da família na educação dos filhos?
É a família e a escola que vão construir essa formação integral do ser humano. É lá na família que a gente começa a ter nossas primeiras vivências. E essa família precisa ser muito forte e alicerçar uma discussão com seus filhos que alcance as questões dos problemas sociais, ambientais, culturais, econômicos, educacionais e espirituais. É preciso mais do que nunca que família e escola estejam juntas no contexto de construção de ambientes que formam para uma educação integral.
Leia a entrevista na íntegra: 1588 – 28/02/2022 – Campanha da Fraternidade 2022
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança
Fonte: CNBB