Papa tuíta sobre a misericórdia: nela há sempre uma plenitude, diz Dom Zuppi

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“Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade do Pai Celeste e de testemunhar a todos a sua infinita bondade e misericórdia”.

Este é o tweet do Papa Francisco publicado esta quinta-feira em sua conta @Pontifex_, seguida por mais de 35 milhões de followers.

Assim, durante o período de verão europeu, o Pontífice volta a recordar a centralidade da misericórdia na vida do cristão. Sobre esta exortação de Francisco, a Rádio Vaticano conversou com o Arcebispo de Bolonha, Dom Matteo Zuppi:

“A misericórdia chama outra misericórdia, multiplica a misericórdia. Às vezes pensamos na misericórdia como em um preço a ser pago, nos equivocamos! A misericórdia é um amor a ser dado, o amor chama amor, multiplica amor, abre sucessivamente outros interesses, dá maior profundidade àqueles que a viveram. Me parece também muito importante a primeira parte: a amizade com Deus. De fato, nada nos impede isto; não há nada, a desilusão, o ceticismo, que nos impeça de viver a amizade com Deus. Se vivemos a amizade com Deus, entendemos a misericórdia e esta não se torna um sacrifício, mas exatamente o seu contrário: uma alegria”.

RV: Esta insistência do Papa em relação à misericórdia sublinha aquilo que é o coração do Evangelho, a mensagem trazida por Jesus: o perdão, o amor e a misericórdia de Deus…

“Exatamente, mas sempre num sentido positivo, não negativo. Olhar com misericórdia nos faz descobrir os outros, não é preço que se paga pelo qual depois de diz: “Agora está tudo certo”. Algumas vezes se costuma dizer: “Mas eu já fiz o bastante!”. Na realidade, quando se quer, nos damos conta do quanto temos o desejo de fazer ainda mais e se fica contente por aquilo que foi feito, obviamente, porque na misericórdia há sempre uma plenitude, uma saciedade, mas ao mesmo tempo existem também o desejo de que isto cresça, aumente e permaneça”.

Por Rádio Vaticano