No dia 22 de fevereiro celebramos a festa da Cátedra de Pedro, liturgia ligada à função de ensinar do Papa, enraizada tradicionalmente a uma cadeira antiga encontrada onde São Pedro presidia a eucaristia. Sempre foi considerada um serviço, em favor da unidade da Igreja, na proteção e fidelidade ao Evangelho e um empenho para fazer prevalecer a paz e a justiça no mundo.
Magistério social que a partir de Leão XIII defendeu os direitos dos trabalhadores, a dignidade da pessoa humana, a solidariedade entre os povos e nações, tratando de reunir a humanidade em uma só família de irmãos. Mais que um trono majestoso um sinal de diálogo, de busca da verdade que nos ultrapassa, de sentir com a Igreja e com todos os homens e mulheres de boa vontade que compartilham o sonho de Deus. Ensinamentos que nas guerras e conflitos que enlutaram a terra, apontaram para a paz e o entendimento. Face a tiranias e atropelos aos direitos humanos fundamentais, uma voz intrépida e corajosa que nunca se calou.
Magistério que ajuda a Igreja ser coluna da verdade como a chama São Paulo, superando os erros doutrinais, e firmando com clareza a correta interpretação da Palavra de Deus. Mensageiro itinerante da Boa Nova, abraçando todas as culturas, assinalando tudo que de nobre, sublime e humano possuem como sementes do Verbo, empoderando-as para celebrarem a cultura de Pentecostes, na unidade e pluralidade. Neste dia somos convidados a expressar ao Papa Francisco, nossa comunhão plena afetiva e efetiva, nosso amor filial, e também nosso apoio incondicional diante das intrigas e ameaças à sua pessoa.
O Papa Francisco como os anteriores fazem do seu ministério uma ponte, um canal, uma liderança propositiva junto aos pobres e pequenos, sendo uma testemunha fiel da esperança que não decepciona. Junto ao Papa Francisco, queremos como ele nos propõe ser uma Igreja Sinodal (que caminha junto passo a passo), servidora, missionária em constante processo de saída, uma mãe que oferece a todos abrigo e pousada, um hospital de campanha que atende a todos os feridos e quebrantados, resgatando e restaurando vidas. Deus salve o Papa!
Por Dom Roberto Francisco Ferreria Paz – Bispo de Campos, RJ