Pesquisadores das Universidades de Columbia, Nova York, e da Califórnia realizaram estudo que os levou à conclusão de que o uso de traje clássico proporcionaria às pessoas uma confiança quase infalível em si mesmas.
É verdade que o hábito não faz o monge, mas proporciona mais segurança. É o que confirma o referido estudo “the cognitive consequences of formal clothing” (em tradução livre “As consequências reconhecidas do uso de roupa formal” – http://spp.sagepub.com/content/early/2015/04/02/1948550615579462.abstract) destas Universidades norte-Americanas.
O modo de trajar influencia nosso comportamento, dizem. Além do mais, o traje clássico causaria um impacto sobre o modo de pensar.
“Trajar-se de modo formal leva a ver as coisas em sua globalidade, a deitar uma preocupação acrescida sobre a longa previsão, o porvir. Geralmente, o fato de usar roupas mais “arrumadas” protege mais contra ímpetos impulsivos. Trajar-se a rigor faz com que nos sintamos mais “poderosos” e mais aptos a ter maiores responsabilidades”, concluem os pesquisadores.
As experiências foram levadas a cabo com a participação de uma sala de aula de estudantes.
Para a primeira avaliação os estudantes não recebiam nenhuma norma obrigatória no tocante ao modo de se vestirem. Antes de passar pelos testes de reconhecimento, deviam atribuir notas de valores levando em conta o critério da elegância do candidato. Para a segunda fase do teste, alguns deviam apresentar-se como se fora para uma entrevista com vista à obtenção de emprego, enquanto que outros eram solicitados a vestirem-se com trajes habituais. Verificou-se que os estudantes submetidos ao “código de vestuário” para a entrevista com vistas à obtenção de emprego, desenvolviam rapidamente raciocínios mais abertos do que seus colegas vestidos com roupas do dia a dia.
“Com efeito, trajar roupa “de rigor” suscita nas pessoas um sentimento de potência, que muda nossa maneira habitual de ver o mundo”, explica um dos pesquisadores, o professor de psicologia Abraham Rutchik, da Universidade da Califórnia.
Por Guy De Ridder para Gaudium Press