Às vésperas do Dia Mundial de oração pelo Cuidado com a Criação, cerca de 3.00 pessoas de mais de 230 países estão na capital sueca, Estocolmo, reunidas em torno do tema ‘Água para o Crescimento Sustentável’, na 26ª Semana Mundial da Água. O evento é o maior encontro anual para questões relacionadas à água e ao desenvolvimento.
Participam representantes de governos, setor privado, organizações multilaterais, sociedade civil e academia buscam soluções para problemas globais relacionados à água.
Em fevereiro deste ano, o Papa Francisco participou no Vaticano do encontro’Direito Humano à Água’ promovido pela Pontifícia Academia das Ciências. Especialistas do mundo inteiro debateram o tema inspirado, inclusive, em passagens da Encíclica Laudato si.
No seu discurso, o Papa Francisco saudou a iniciativa de debater a problemática do direito humano à água e a exigência de políticas públicas no setor, para dar uma resposta à essa necessidade que vive o homem de hoje.
Na ocasião, o Papa mencionou o Livro do Gênesis para tratar a questão de maneira fundamental e urgente: “A água está no princípio de todas as coisas”, fonte de vida e de fecundidade.
Francisco citou dados “graves” das Nações Unidas que não podem nos deixar indiferentes: “mil crianças morrem todos os dias por causa de doenças ligadas à água e milhões de pessoas consomem água contaminada”. “Ainda não é tarde demais”, disse o Papa, “mas é urgente estarmos cientes da necessidade da água e do seu valor essencial para o bem da humanidade”. O Pontífice também abordou o tema do respeito à água como “condição para o exercício dos outros direitos humanos”.
Um relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mostra que 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso seguro à água. O número de pessoas sem acesso ao esgotamento sanitário seguro é de 4,5 bilhões.
A ONU News conversou com relator das Nações Unidas para o direito humano à água e ao saneamento, Leo Heller, sobre os dados do documento.
Leo Heller fala sobre a situação em países de língua portuguesa. Segundo o relatório, 62% da população de Portugal tem acesso seguro ao esgotamento sanitário; no Brasil a proporção é de 39%.
O relator da ONU falou ainda sobre dados em Moçambique onde houve um progresso na questão da defecação a céu aberto: 36% da população em 2015 em comparação a 57% em 2000.
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Por Rádio Vaticano