Anunciar o Evangelho com ternura e firmeza, sem arrogância ou imposição

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“A verdadeira missão nunca é proselitismo, mas atração a Cristo, a partir da forte união com Ele na oração, na adoração e na caridade concreta”.
Ao encontrar milhares de fiéis na Praça São Pedro, a uma temperatura de 1°C, para a oração do Angelus, Francisco falou sobre “o estilo missionário dos discípulos de Jesus: anunciar o Evangelho com brandura e firmeza, sem arrogância ou imposição”.
O evangelho de Matheus, da Liturgia do dia, narra o Batismo de Jesus, que marca o início de sua vida pública. João quis impedir Jesus de ser batizado, dizendo ser ele a ter necessidade de receber o Batismo do Mestre. “Batista, de fato – explicou o Papa – tem consciência da grande distância que existe entre ele e Jesus. Mas Jesus veio para preencher a distância entre o homem e Deus: se Ele é totalmente da parte de Deus”, também o é da parte do homem, “reunindo assim o que estava dividido”.
Com o Batismo de Jesus por João, cumpre-se o desígnio do Pai que “passa pelo caminho da obediência e da solidariedade com o homem frágil e pecador, o caminho da humildade e da plena proximidade de Deus aos seus filhos. Porque Deus é tão próximo a nós, tão!”.
“Este é meu Filho muito amado, em quem coloco todo o meu favor”, diz o Pai, quando Jesus é batizado e sai do Jordão e sobre ele desce o Espírito Santo em forma de pomba, “dando início à sua missão de salvação”. “Missão caracterizada pelo estilo do servo humilde e brando, munido somente com a força da verdade, como havia profetizado Isaías”:
“Eis o estilo de Jesus, e também o estilo missionário dos discípulos de Cristo: anunciar o Evangelho com ternura e firmeza, sem gritar, sem censurar ninguém, mas com ternura e firmeza, sem arrogância ou imposição. A verdadeira missão não é nunca proselitismo, mas atração a Cristo. Mas como? Como se atrai a Cristo? Com o próprio testemunho, a partir da forte união com Ele na oração, na adoração e na caridade concreta, que é serviço a Jesus presente nos menores dos irmãos”.
“À imitação de Jesus pastor bom e misericordioso, e animados pela sua graça – prosseguiu o Santo Padre – somos chamados a fazer de nossa vida um testemunho alegre que ilumina o caminho, que leva esperança e amor”:
“Esta festa nos faz redescobrir o dom e a beleza de ser um povo de batizados, isto é, de pecadores salvos pela graça de Cristo, inseridos realmente, por obra do Espírito Santo, na relação filial de Jesus com o Pai, acolhidos no seio da mãe Igreja, capazes de uma fraternidade que não conhece limites e barreiras”.
Ao concluir sua reflexão, Francisco pediu que a “Virgem Maria ajude a todos nós cristãos a conservar uma consciência sempre viva e reconhecida do nosso Batismo e a percorrer com fidelidade o caminho inaugurado por este Sacramento de nosso renascimento. E sempre humildade, brandura e firmeza”.
Após rezar o Angelus, o Papa recordou que recém havia batizado “um bom grupo de recém nascidos – 28 -”, pedindo oração por eles e por suas famílias. “Também ontem batizei um jovem catecúmeno. E gostaria de estender a minha oração a todos os pais que neste período estão se preparando para o Batismo de um filho, ou há pouco o festejaram.
“Invoco o Espírito Santo sobre eles e seus filhos, para que este Sacramento, tão simples e ao mesmo tempo tão importante, seja vivido com fé e com alegria”.
Francisco, a seguir, convidou a todos para unirem-se “à Rede Mundial de Oração do Papa, que difunde, também pelas redes sociais, as intenções de oração que proponho a cada mês, a toda a Igreja. Assim se leva em frente o apostolado da oração e se faz crescer a comunhão”.
Por Rádio Vaticano