Bispos iniciam primeira reunião do Consep

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A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e os 12 bispos que presidem as Comissões Episcopais Pastorais da entidade, estão reunidos para a primeira reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) em 2017. O encontro, na sede da CNBB, em Brasília (DF), segue até amanhã, dia 15, e foi iniciado com a celebração da palavra cuja temática foi o Ano Jubilar Mariano, “Maria, a verdadeira Mãe da Igreja, corpo místico do Cristo ressuscitado, vivo e presente até os confins do mundo e até o fim dos tempos”.

“O Ano Mariano é uma ocasião especial para recordar, celebrar os 300 anos do encontro da imagem de Aparecida. Tempo também para se conhecer melhor, redescobrir o retrato de Maria no Evangelho, mas acima de tudo, é um tempo para imitar Maria, seguir o seu exemplo”, destacou o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha.

O cardeal rezou ainda pedindo a graça de imitar Maria ouvindo a palavra de Deus e colocando em prática aquilo que diz o Evangelho de Lucas 8,19-21, quando jesus fala que mãe e seus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. “O mesmo Lucas que diz que a mãe, os irmãos e a sua família é formada pelos que ouvem a palavra é o mesmo evangelista que relata o sim de maria “faça-se em mim segundo a sua palavra”. Deus nos ajude a imitar Maria como ouvintes e praticantes da palavra”, ressaltou.

Reunião

O Consep é composto pelos 12 bispos que presidem as Comissões Episcopais Pastorais da CNBB, além dos três componentes da Presidência. Acompanham os bispos, nessas reuniões, os representantes de organismos importantes da Igreja e o grupo de assessores que trabalham em cada uma das comissões.

Entre os assuntos da reunião de hoje, 14, estão o tema da Campanha da Fraternidade de 2018, Mensagem do Papa Francisco para o Dia das Comunicações a ser realizado em 28 de maio e o tema do Sínodo sobre a Juventude “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Esse último foi apresentado pelo presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF).

Dom Sergio disse que nos encontramos na fase de coleta das contribuições de toda a Igreja para a formulação das linhas gerais do próximo Sínodo dos Bispos. A complexidade dos dois temas, juventude e vocação, pede uma atenção especial tanto das Igrejas Particulares como das conferências episcopais. “Há uma ênfase na sinodalidade”, disse dom Sergio, por parte do Santo Padre que procura valorizar essa fase estimando essa fase preparatória. “Da nossa parte, vamos ressaltar aquilo que for comum na diversidade brasileira”, concluiu dom Sergio.

Dom Leonardo Steiner, secretário-geral, informou que como ocorreu das últimas ocasiões de realização de sínodos, a CNBB procurou oferecer à secretaria do Sínodo tanto o vasto material que chegou à sede nacional como também uma síntese devidamente preparada por uma comissão constituída para essa tarefa. 

Dom João Bosco, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família, sugeriu que a Pastoral Familiar continue empenhada na preparação desse Sínodo uma vez que a juventude está muito presente na Exortação Amoris Laetitia. Dom Vilsom Basso, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, informou sobre as iniciativas com os bispos referenciais para aproveitar pastoralmente com a juventude na preparação para o Sínodo: “nossa comissão está na expectativa e disponível para aproveitar essa ocasião de percorrermos esses dois anos de preparação”.

Dom Sergio ainda lembrou que é preciso dar atenção especial – nas respostas que estão sendo dadas – a consideração sobre a dupla temática: juventude e vocação. Dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz destacou a importância de ouvir as variadas “juventudes”, tendo em vista também algumas situações específicas como juventude indígena, nas favelas e a juventude presente nas prisões. Dom Leonardo ainda lembrou que além das comissões de juventude das dioceses, os bispos podem incluir outras pastorais na elaboração das contribuições. Todas as contribuições devem ser enviadas pelas dioceses para a CNBB que enviará o material para a secretaria do Sínodo, no Vaticano, em outubro deste ano.

Por Redação, com CNBB