O Seminário Bom Jesus, em Aparecida (SP), recebe desde desta sexta-feira (23/09), o 12º Encontro de Bispos Lusófonos.
Até terça-feira (27/09) os prelados irão refletir sobre a Encíclica do Papa Francisco ‘Laudato Si’ e suas implicações na ação da Igreja. Outros assuntos em pauta são “a Igreja e a Família” e as formas de “fortalecer e institucionalizar estes encontros”.
Entre as decisões que resultaram da reunião realizada em Angola, de 21 a 27 de julho, os bispos apontaram algumas preocupações no relatório final, como indicações pastorais para “o cuidado pastoral da família e de todas as problemáticas que a envolvem”, como também a proteção da vida, “promoção humana” e “dignidade da pessoa humana, bem comum, subsidiariedade e solidariedade”.
A proposta do encontro foi fortalecer a comunhão eclesial, a partir da promoção e cooperação entre as comunidades e a fidelidade à identidade católica lusófona.
O Brasil foi representado pelo Arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis e pelo Bispo auxiliar de Brasília (DF) e Secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner.
Durante o encontro, o episcopado lusófono debateu os desafios, as urgências e as soluções que a Igreja enfrenta nos diversos países. Os bispos destacaram algumas orientações como a necessidade de continuar a fazer uma análise rigorosa e competente sobre as situações concretas em que a Igreja está profeticamente presente, irradiando com mais eficácia à luz transformadora do Evangelho de Cristo.
Apontaram, também, a urgência de cuidar da evangelização na sua ligação profunda com a promoção humana; atender às situações de pobrezas, dando resposta a partir do estudo das suas causas e soluções, em diálogo constante com a sociedade e o Estado; encorajar a presença e ação dos leigos nas várias áreas de intervenção na sociedade, nomeadamente nos campos social, econômico e político.
Os bispos pedem que haja maior incentivo à dimensão ética na economia e na gestão, capaz de transformar por dentro uma economia que muitas vezes provoca a exclusão e o sofrimento dos mais fracos; cooperação com outras Igrejas Cristãs e outras religiões, a importância do diálogo ecumênico e inter-religioso em vista de iniciativas comuns e o cuidado da Igreja em continuar em estado permanente de missão.
Entre os desafios relatados pelo episcopado lusófono foi sugerido maior valorização e a divulgação da Bíblia em todos os setores das Igrejas particulares, o cuidado pastoral da família e de todas as problemáticas que a envolvem e a atenção orante e pastoral às vocações ao sacerdócio e de especial consagração.
Há desejo também de intensificar a presença da Igreja nas universidades, a partir da formação de uma pastoral universitária mais articulada e em rede; a abertura da Igreja a todas as problemáticas da vida digna e plena para todos e em todas as fases da vida e a defesa da paz e da justiça, da igualdade e da liberdade nos vários setores da vida da sociedade.
Por Rádio Vaticano