Dando continuidade ao trabalho de acompanhamento e revisão da tradução do missal romano, a Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos (Cetel) realiza a primeira reunião do ano na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF). Participam da iniciativa o presidente da Comissão, dom Armando Bucciol; dom Aloísio Dilli; dom Geraldo Lyrio Rocha; dom Manoel João Francisco; dom Alberto Taveira Corrêa; dom José Aparecido Gonçalves; o novo assessor da Comissão para a Liturgia, padre Leonardo José de Souza Pinheiro e o padre José Weber.
Dom Armando Bucciol explica que o empenho da Comissão em revisar a tradução do missal já dura cerca de 15 anos. “É um trabalho minucioso, delicado, exigente, difícil e pede muita paciência, muita calma, discussão entre nós para encontrarmos as palavras que na fidelidade ao texto original alcancem uma expressividade, uma compreensão digna da linguagem litúrgica”, pontua.
“O trabalho pede que examinemos o texto para que possamos encontrar aquela expressão que mais diga o conteúdo da oração e o diga de uma forma bela e expressiva para quem participa da oração litúrgica”, argumenta dom Armando.
A revisão da tradução do missal atende a uma ordem vinda da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos através da quinta instrução Liturgiam Authenticam, de 2001, que serve de comentário sobre as traduções em língua vernácula dos textos da liturgia romana. O trabalho tem sido realizado pelas Conferências Episcopais de todo o mundo. No Brasil, a CNBB designa a Cetel para este fim.
Segundo dom Manoel João Francisco, membro da Comissão, o trabalho desenvolvido por eles garante que a liturgia do Brasil tenha uma linguagem poética e agradável aos ouvidos. “A liturgia tem que ter um português agradável, que soe bem ao ouvido e que não tenha expressões ambíguas”, afirma. Para ele, é a Comissão que traz clareza e compreensão à liturgia.
Agenda – Até ontem, 1º de março, os membros da Cetel ficaram reunidos e concentrados em terminar boa parte da revisão da tradução do missal. Os prelados procedem à revisão das orações para as circunstâncias públicas, aquelas que dizem respeito ao início do ano civil, a semeadura ou ao trabalho humano, por exemplo. A ideia é levar o que já se tem produzido para a apreciação e revisão do episcopado brasileiro na 56ª Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em abril, em São Paulo. Após esse processo, o texto ainda é encaminhado para Roma, onde sofre as últimas alterações.
“Vamos enviar agora para a Assembleia uma parte, porque depois da Comissão é a Assembleia Geral que vai apreciar e aprovar. Depois o texto passará pela aprovação em Roma, é um tipo de reconhecimento que será feito”, explica dom Armando. A ideia é que até o final de 2018, após a realização ainda de três reuniões, a Comissão finalize o trabalho para que a nova edição do missal, a terceira, seja publicada em 2020.
Por CNBB