CNBB prepara cartilha com orientações ao processo eleitoral

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Reunidos durante a tarde da terça-feira, 20/02, os bispos que integram o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), atualmente formado pela presidência da entidade, presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e presidentes dos regionais deram contribuições ao subsídio que está sendo preparado para ajudar as reflexões de grupos de base sobre as eleições 2018. A proposta do material segundo dom Leonardo, secretário-geral da CNBB é contribuir para a formação política das pessoas, assim como motivá-las a participar do processo político.

O subsídio, que está em fase de elaboração toma como exemplo a cartilha já confeccionada pelo regional Sul 2 da CNBB, que atualmente tem uma tiragem de cerca de 300 mil exemplares. De acordo com o secretário-executivo do regional, padre Mário Spaki, o subsídio do regional é elaborado numa linguagem simples, bem diagramado e conta com indicações básicas sobre o universo da política a partir do olhar da Igreja. O padre foi convidado a apresentar a cartilha aos bispos.

A cartilha apresentada pelo secretário do regional Sul buscará na parte 1, no âmbito das preocupações, abordar a crise ética pela qual passa o sistema político brasileiro, corrupção, ameaças à democracia e os sinais de esperança. Na parte 2, a Igreja e as Eleições, eles abordarão contribuição da Igreja Católica na aprovação da Lei da  Ficha Limpa (nº 135/2010) e o incentivo da participação dos cristãos leigas/as na vida pública e Lei 9.840/1999 contra a corrupção eleitoral.

Na parte 3 do material, o regional Sul 2 trabalhará as Eleições 2018 e as alterações na lei eleitoral, bem como a definição da boa políticas e as principais funções de quem será eleito. Um outro aspecto a ser abordado neste material são as “FakNews”, falsas notícias, disseminadas no processo eleitoral.

Avaliação dos bispos – Na plenária, os prelados se reuniram para dar contribuições ao material que deverá ter abrangência nacional. Dom Valério Breda, bispo de Penedo, disse que o subsídio deveria colocar não só a política em evidência, mas a vida, a família e ter um olhar mais atento aos pobres. Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari deu a ideia de o material conter relações com a Campanha da Fraternidade 2018, que tem como tema “Fraternidade e Superação da Violência” e busca promover entre outros aspectos, a paz.

O arcebispo de Diamantina e presidente da Comissão para a Comunicação, dom Darci Nicioli atentou para o fato de que todos estão dando visibilidade às eleições do executivo e esquecendo do legislativo que, segundo ele, é fundamental. Já o bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaquim Mol afirmou que é preciso que o material revalorize o papel da política. “Esse subsídio tem que ajudar as pessoas a reaver a esperança na política”, disse.

Após as contribuições feitas pelos bispos, o próximo passo é partir para a elaboração do texto, que deverá ficar pronto após a 56ª Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em abril. Além desse tema, os bispos discutiram ao longo do dia o cronograma da Assembleia, a realização do Ano Vocacional e a promoção de um debate com os presidenciáveis.

Por CNBB