Um dos focos principais da Coleção Pastoral da Cultura é o cuidado e a preservação do patrimônio material e imaterial da Igreja no Brasil. Além disso, os livros abordam a necessidade de apropriação pelas comunidades locais onde esses patrimônios estão localizados.
A obra dividida em dois cadernos foi elaborada pelo Setor Cultura da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Pastoral da Cultura da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas). Lançada na 55ª Assembleia Geral da CNBB, a coleção tem como objetivo subsidiar e informar a respeito da riqueza e diversidade do patrimônio religioso da Igreja do Brasil.
De acordo com o assessor do Setor Cultura da CNBB, professor Josimar Azevedo, “a publicação orienta para o uso pastoral e para o potencial evangelizador dos bens culturais que compõem o acervo patrimonial da Igreja Católica em todo território nacional”, ressalta.
O primeiro volume, “Carta Circular sobre a Necessidade e Urgência da Inventariação e Catalogação dos Bens Culturais da Igreja”, chama a atenção para a urgência da preservação do patrimônio histórico-artístico da Igreja, bem como da necessidade de dar visibilidade e incentivar o uso das artes como manifestação de fé na obra evangelizadora das Igrejas particulares.
Já o segundo, “Projetos de Pastoral da Cultura”, apresenta 36 projetos, de várias partes do Brasil, relacionados com a memória, tradição, religiosidade, patrimônio, educação e arte, que foram apresentados pelos alunos concluintes do Curso de Especialização “Projetos Culturais com ênfase em Pastoral da Cultura”, oferecido pela PUC Minas Vitual, em parceria com a CNBB, no período de 2014-2016.
A comissão espera que essas publicações inspirarem ações pastorais na área da cultura nas Igrejas locais. Segundo o professor Josimar, o Setor Cultura espera, com estes cadernos, e os demais que estão sendo produzidos, oferecer material com qualidade de conteúdo, didático, de fácil acesso para subsidiar a instalação e desenvolvimento da Pastoral da Cultura na Igreja no Brasil.
Comissão
Recém-criada, a Comissão Episcopal Especial para os Bens Culturais da CNBB, atuando em parceria com a Pastoral da Cultura, terá o papel de fomentar o cuidado com o patrimônio cultural da Igreja no Brasil, em diálogo com os órgãos governamentais e eclesiais especializados, já que os bens culturais da Igreja constituem uma riqueza importante para a Pastoral.
A Comissão tem como presidente o arcebispo coadjutor de Montes Claros (MG), que também preside a Comissão Episcopal para Cultura e Educação, dom João Justino de Medeiros. Também compõem a comissão o arcebispo de Maceió, dom Antônio Muniz, e o bispo de Petrópolis (RJ), dom Gregório Paixão.
“Muitas dioceses no Brasil já organizaram comissões locais e tem dispensado esforços de trabalho para a preservação dos seus bens histórico-artísticos. O objetivo da comissão será o de estimular a atuação da Igreja no Brasil a fim de que se efetive o cuidado, a preservação e o uso desse enorme patrimônio que nos foi legado pelas gerações passadas como uma expressão de fé”, destaca dom João Justino.
O professor Josimar explica que o mapeamento dos bens culturais da Igreja é uma das primeiras e principais tarefa da nova comissão e da pastoral da Cultura, que será realizada através do programa Santuário Digital, multiplataforma digital (aplicativo, portal e biblioteca digital) para mapeamento e divulgação do Patrimônio Cultural.
A coleção já está disponível na livraria da Edições CNBB e no site da editora www.edicoescnbb.com.br
Tradução e organização
O texto original do primeiro caderno, escrito em italiano e latim, foi traduzido pelo professor Paulo Augusto da Silva, do Colegiado de Leigos e da Pastoral da Cultura da arquidiocese em Belo Horizonte. Já o segundo texto foi organizado pelos professores Aurino José Góis, Douglas Cabral Dantas, José Martins dos Santos Neto e Josimar da Silva Azevedo, sob a responsabilidade do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Pastoral da Cultura (Nepac – PUC Minas).
Por CNBB