Comissão reúne bispos referenciais em Brasília

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A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reúne, de ontem até hoje, 19, em Brasília (DF), os bispos referenciais das Pastorais Sociais em âmbito nacional e regional para encontro formativo. Atividades de partilha e reflexão foram propostas para bispos, presbíteros, religiosos e leigos, com um estudo sobre “Pastoral Social: dimensão socioestrutural da caridade cristã”.
O bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão, dom Guilherme Antônio Werlang, explica que há dois grandes objetivos no encontro. O primeiro é abrir espaço para que os bispos partilhem sobre a presença episcopal nas Pastorais e organismos vinculados à CNBB e os agentes indiquem quais as necessidades de apoio e incentivo que esperam da Comissão. O segundo ponto é a reflexão a respeito do aprofundamento da Doutrina Social da Igreja por parte dos bispos que assumem o papel de referencial nas Pastorais.
“Eu sempre tenho afirmado aos bispos que nós não estamos como referenciais apenas para que conste algum nome, mas que, efetivamente, nós possamos estar marcando presença, ajudando a refletir a questão própria de cada Pastoral Social a tomar decisões, dar encaminhamentos junto com padres, irmãs e irmãos religiosos ou leigos que estejam militando na Igreja de fronteira, que são os lugares de maior desafio social onde a Igreja deve estar presente na justiça, na caridade, na solidariedade, levando a boa notícia de Jesus a essas pessoas que estão mais fragilizadas na sociedade brasileira”, explica dom Guilherme.
A temática de reflexão central do encontro, sobre a “dimensão socioestrutural da caridade cristã” terá assessoria do doutor em Teologia padre Francisco de Aquino Júnior. A abordagem do assunto, segundo dom Guilherme, deve ajudar os bispos que muitas vezes aceitam acompanhar as Pastorais Sociais, mas lamentam não conhecer efetivamente o que se pede de sua atuação. “Temos a intenção de oferecer assessorias para aprofundarmos o que afirma a Igreja para respaldar o trabalho nas Pastorais Sociais”, explica o presidente da Comissão, que ressaltou a oferta de estudos sobre a Doutrina Social da Igreja.
Além da partilha e da reflexão sobre o tema proposto, os participantes também devem discutir sobre a possibilidade de realizar a 6ª Semana Social Brasileira e a agenda de 2017.
Por CNBB