21 de junho: Memória de São Luís Gonzaga e Dia do Seminarista

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No dia 21 de junho é celebrada a memória de São Luís Gonzaga, protetor dos jovens e dos estudantes, que Dom Bosco no início do oratório colocou como modelo de santidade aos seus jovens. Junto com esta data recorda-se também o período do processo de formação inicial dos sacerdotes, que se dá de uma forma bem específica: o seminário.

A vida do seminarista perpassa quatro dimensões: espiritual, pastoral, intelectual e humana. Esses aspectos se desdobram no dia a dia por diversas atividades que têm o objetivo de realizar essa formação na prática.

As diversas atividades são as orações da liturgia das horas, a missa diária, os estudos nas faculdades de Filosofia e Teologia, a atividade esportiva semanal, as refeições em comum, os ensaios do coral, a direção espiritual, as formações especificas, a disciplina regrada pelos formadores, as atividades pastorais nas paróquias aos fins de semana e, em nosso caso, o oratório festivo. São muitas as atividades e responsabilidades assumidas ao longo da formação no seminário, e em todas o que se registra é a alegria de viver a vocação sacerdotal nesse estágio inicial tão bem cuidado pela Santa Igreja.

A Diocese de Uruaçu conta hoje com 20 seminaristas. Eles estão divididos nas seguintes etapas formativas:

Propedêutico (início da caminhada formativa e de intimidade com Deus e com os irmãos): 5 seminaristas
1º ano do discipulado (Filosofia): 5 seminaristas
3º ano do discipulado: 1 seminarista
1º ano da configuração (Teologia): 4 seminaristas
2º ano da configuração: 2 seminaristas
3º ano da configuração: 1 seminarista
4º ano da configuração: 2 seminaristas

Nossos seminaristas

1 – Stênio Alves da Silva
2 – Lucas Henrique Oliveira Rodrigues
3 – Geovano Marques Santana
4 – Heric Jheison Alves da Costa
5 – Gustavo Henrique Gomes Bezerra
6 – Hyury Henrique Camargo Linhares
7 – Rafael Visentin Piasentim
8 – Elias André Rodrigues Silva
9 – Paulo Magno Jorge Gomes
10 – Alexandre Batista Silva
11 – Gabriel Novais Silva
12 – Bruno Silas Silva Gaudencio
13 – Adriel Fernandes Teles
14 – Bruno Ferreira Scalabrine
15 – Roberto César Braga
16 – Vanderley Junio Cardoso de Oliveira.
17 – Rubens Júnior de Oliveira Sousa
18 – Thalys Oliveira Melo
19 – Adonnay Diego Araujo da Silva
20 – Deividy Fernandes Félix

Um pouco de história
Não são raras as vezes em que surgem as seguintes dúvidas: Quem é o seminarista? O que ele faz? Muitos não conhecem a trajetória de um homem para chegar ao sacerdócio, e quando a descobrem, admiram-se pelo tempo de formação. Para uma melhor compreensão e uma resposta satisfatória, voltemos um pouco na história da Igreja e nas reflexões elaboradas pelos recentes papas.

Foi a partir do Concílio de Trento (1563) que realmente foram criados os seminários nas dioceses, voltados para a formação da razão e da fé do futuro presbítero da Igreja. Antes disso, o homem que desejasse ser padre logo recebia as ordens sacras, ajudando seu bispo local. Percebe-se, então, a contribuição desse concílio e mais especificamente a sua aplicação na vida de São Carlos Borromeu, que fundou seminários e escreveu regulamentos. Posteriormente, o Concílio Vaticano II e o Código de Direito Canônico elaboraram melhor sobre como deve ser a formação do clero. Atualmente, existem vários documentos que tratam do assunto, como o Decreto Optatam Totius, Pastores Dabo Vobis e Documento 93 da CNBB entre outros.

Missão na Igreja
Seminarista é aquele que recebeu um chamado de amor de Deus e, na liberdade, respondeu a Ele. O Papa emérito Bento XVI, no encontro com os seminaristas nos EUA, em 2008, diz que seminaristas são “jovens que se encontram num tempo forte de busca de um relacionamento pessoal com Cristo, um encontro com Ele, na perspectiva de uma importante missão na Igreja”. É tempo de acolhimento e amadurecimento do dom recebido da iniciativa de Deus, e não por méritos da pessoa. Tempo importante de relacionar-se com Deus, que se expressa de forma significativa na oração para um correto discernimento.

Quatro pontos importantes aos futuros sacerdotes
De forma simples e direta, o Papa emérito Bento XVI, na carta aos seminaristas, em 2010, ressalta alguns pontos para os futuros sacerdotes:

O seminarista deve ser um homem de Deus (1Tm 6,11). Jesus deve ser o ponto de referência de toda a sua vida;

Os sacramentos. Deve-se celebrar com íntima participação a Eucaristia. A penitência leva à humildade, e deixando-se perdoar, aprende-se a perdoar os outros. Também o Papa pede para não excluir a piedade popular, porque, por meio dela, a fé entrou no coração dos homens;

Estudar com empenho, porque a fé possui uma dimensão racional e intelectual. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura. Amar o estudo da Teologia;

Ser exemplo de homem maduro.