Após 52 anos, Congregação das Escravas do Divino Coração se despede da Diocese de Uruaçu

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No dia 8 de dezembro, a Diocese de Uruaçu se despediu das Irmãs Escravas do Divino Coração, com uma celebração presidida pelo administrador diocesano, padre Francisco Agamenilton Damascena e concelebrada pelo padre José Maria Garcia Gil. As religiosas trabalharam na diocese por 52 anos. A casa em Goianésia será fechada neste mês de janeiro. Domingo próximo haverá Santa Missa de despedida com a comunidade do Colégio Jalles Machado e a Paróquia Nossa Senhora da Abadia.

O nosso agradecimento pela missão delas ao longo deste mais de meio século em nossa diocese. Muito obrigado! Deus lhes pague.

Um pouco da história
Em 1967, era governador do estado de Goiás, o goianesiense Dr. Otávio Lage de Siqueira, que muito preocupado com a educação no estado, contatou-se com a Irmã Maria Luísa Frias – Madre Provincial da Congregação no Rio de Janeiro e entregou a esta congregação religiosa a direção de vários colégios do estado, inclusive o de Goianésia.

As primeiras irmãs que vieram para Goianésia, foram: Irmã Perpétua Estalajo Gomes (Me. Patrocínio), irmã Célia de Oliveira (Madre Estela), irmã Eliane Pinto (Madre Abigail), e irmã Ivani de Jesus (irmã Irene). A comunidade de Goianésia recebeu com muita satisfação as nobres educadoras como também as recebeu Dom Prada, bispo de Uruaçu.

O primeiro trabalho educacional foi realizado no Colégio José Carrilho e ainda as irmãs davam assistência ao Colégio Maria Imaculada. A princípio as irmãs moravam numa casa cedida pelo senhor Mário Augusto, enquanto aguardavam a construção de uma casa apropriada para abrigar as irmãs, residência esta que foi construída pelo Lions Clube local, com a ajuda de toda a comunidade. O terreno fora doado pela família de Laurentino Martins, à Rua 31, nº 417. Em 1968, as irmãs se mudaram para esta nova residência.

Em 1971, foi inaugurado o Colégio Estadual Jales Machado, cuja construção foi edificada ao lado da residência das irmãs. O princípio filosófico da Congregação das Irmãs Escravas do Divino Coração é calcado numa educação integral e libertadora. Outras atividades desenvolvidas pelas irmãs consistem no trabalho de catequese, incentivo vocacional, Pastoral da Juventude, cursos, palestras e encontros de aprofundamento cristão.

Foi no CENPROHUC (Centro de Promoção Humana e Cristã) que o trabalho social das irmãs teve seu grande destaque e ainda, foi através da incansável dedicação da saudosa irmã Fany Duran junto aos doentes e necessitados que se fez a verdadeira obra assistencial.

Há através do trabalho vocacional, muitas irmãs, noviças, e postulantes que saíram da comunidade goianesiense e estão a serviço da educação e catequese, em várias cidades do país onde a congregação possui as suas casas.