A celebração da Adoração da Santa Cruz foi presidida às 15h da Sexta-feira Santa, como de costume, pelo bispo diocesano, Dom Giovani Carlos, diretamente da sua cátedra.
No início de sua homilia, o bispo destacou alguns pontos da Primeira Leitura, explicando dos motivos da crucificação de Jesus. “Na verdade, ele tomava sobre si nossas enfermidades, e sofria. Ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagados por causa de nossos crimes”.
Em outras palavras: Foi por amor. O caminho que Jesus traçou, o caminho que ele fez até a cruz, foi um caminho de perdas. Por certo, quando entra em Jerusalém, o mesmo veio dar pleno cumprimento. Logo, depois parte daquela multidão diz: “crucifica-o.” Certamente, Jesus perde aquele povo que havia conquistado. O sumo sacerdote tinha clara oposição ao império romano. No entanto, responde: “Não temos outro rei, a não ser César”.
Jesus caminhou para a Cruz. Perde os seus discípulos, pois fugiram. Perde suas vestes, a sua dignidade, e no alto da Cruz, perde o seu sangue. Oh! Ele não perde tudo, a sua mãe, entrega para João. Sobrou o discípulo, então entrega-o à sua mãe: ‘Eis aí, a tua mãe’. Sem dúvida, está só. Portanto, o que sobrou? O seu espírito. Cristo vai dizer: ‘Pai em Tuas mãos entrego o meu espírito’. Prossegue, Dom Giovani: “Há um grande vazio completo, a solidão. O Senhor perdeu tudo. Está no vazio completo. Assumiu os nossos pecados.”
O bispo explicou que após a ressurreição de Cristo, sua presença real e eterna estava em qualquer lugar onde ele seja invocado. “Onde dois ou mais estiverem reunidos. O Senhor está presente na Eucaristia, na Palavra, nos mais necessitados, porém, foi a mim que o fizestes. Ele que viveu uma ausência terrível. O Senhor é totalmente presente, mas experimentou a ausência de todos e de tudo… Foi ferido, por nossos pecados. Esmagado por nossos crimes. Então, a nossa fé nos leva a perceber a grande verdade: que ele está presente. O que o Senhor sofreu, ou melhor: o que Ele pagou para isso, quer dizer: Amor”, afirmou Dom Giovani.
Dom Giovani finalizou, explicando o valor dos porquês da Paixão de Cristo, exortou ele:
“Por que?
Foi por amor.
Por quem?
Por você”.
Ao concluir, destacou: “Quando entrar numa igreja para olhar o crucifixo, não pense só na dor. Pense, nessas duas coisas: Foi por amor, foi por mim. Esse é o documento da nossa salvação. Amém!”.
Texto: Indra Virgilia Ferreira Liah
Fotografias: José Tomaz Lucas França
Pascom Paróquia Sant’Ana
Uruaçu – Goiás.
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