Na Santa Missa da Unidade celebrada no dia 6 de abril, Quinta-feira Santa, nosso bispo Dom Giovani Carlos abençoou os Óleos que serão usados ao longo de todo o ano nas paróquias da diocese e que possibilitará o batizado de novos filhos de Deus: a unção dos enfermos para a cura das enfermidades, preparando-os para o encontro definitivo com o Pai. Por fim, o bispo abençoou e consagrou o Óleo que será usado nas celebrações das crismas, nas ordenações e na consagração dos altares e dedicação de novos templos onde se realizarão os sacramentos, constituindo um momento forte de comunhão eclesial. Foi nesta celebração também que os sacerdotes renovaram suas promessas sacerdotais proferidas no dia de sua ordenação.
Dom Giovani, em sua homilia, explicou que na Semana Santa mora o coração do ano litúrgico, sobretudo na Vigília Pascal, pois foi é aí que o Senhor ressurge. O Natal, conforme disse, é apenas o marco inicial do ano litúrgico. “O Ano Litúrgico gira mesmo em torno da Páscoa. No seu ciclo, mas também na sua importância e no seu sentido”, disse. Ele comentou que a Missa dos Santos Óleos também é uma preparação para o que acontecerá na Vigília Pascal. “Tudo o que está acontecendo: os Santos Óleos, o sacerdócio, os catecúmenos, é como se fosse aquela preparação que Jesus fez para a última ceia. Preparai tudo e quando ele chega transforma o pão em seu corpo. Assim também todos os acontecimentos remotos e próximos eles circundam, orbitam em torno da Vigília Pascal”.
Quando falo do sentido do sacerdócio, do sentido da Igreja, do sentido do sacramento, estou falando que a ressurreição de Jesus dá sentido a tudo isso. Se não for assim tudo fica mal compreendido, malvisto, mal interpretado e por isso mal vivido de forma relativa tendo como modelo parâmetros do mundo.
A ressurreição do Senhor dá sentido aos sacramentos, conforme Dom Giovani, por isso o ciclo do ano litúrgico começa com a Páscoa. “O que é o batismo? O que é a Crisma? A ressurreição do Senhor dá o conteúdo teológico e existencial aos sinais sacramentais. O óleo que será ungido hoje é tão somente o elemento material proveniente da uva. O sacerdote é um homem, a água do batismo é simplesmente uma água, mas o Senhor ressurgiu e podemos por isso abençoar o óleo que se transformará em santo óleo que ungirá os filhos de Deus”.
O sacerdócio ministerial
Dom Giovani também refletiu sobre o sacerdócio. Ele explicou que não se trata de um serviço qualificado na Igreja, mas do próprio ser da Igreja. “Nós somos nele, na fé nele ressuscitado e partir dele, o Senhor define ou redefine a nossa existência. Não é só um serviço ou trabalho que a gente faz para a Igreja qualificado, não. Há uma mudança inclusive antológica no nosso ser. Não é uma pintura. Há uma mudança essencial, mas a partir do que cremos e a partir do chamado do Senhor”. O bispo completou destacando que é a ressurreição que dá sentido a toda a vida da Igreja. “Quando falo do sentido do sacerdócio, do sentido da Igreja, do sentido do sacramento, estou falando que a ressurreição de Jesus dá sentido a tudo isso. Se não for assim tudo fica mal compreendido, malvisto, mal interpretado e por isso mal vivido de forma relativa tendo como modelo parâmetros do mundo. A ressurreição dá sentido à própria vida cristã. A experiência com Cristo ressuscitado que define a vida cristã. Dito de outra forma a vida cristã é uma experiência com Cristo ressuscitado e a vida a partir dessa verdade”.
Fotos: José Tomaz
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