No Angelus do último domingo, 15 de outubro, após a Missa com as canonizações, o Papa Francisco recordou que esta terça-feira recorre o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
“A miséria não é uma fatalidade, tem causas que devem ser reconhecidas e removidas para honrar a dignidade de tantos irmãos e irmãs, à exemplo dos Santos”.
O tema internacional deste ano, escolhido com o Comitê Internacional do 17 de Outubro e as Nações Unidas é: “Responder ao apelo do 17 de outubro para erradicar a pobreza: um caminho que nos leva a criar sociedades pacíficas e inclusivas.”
No Dia Mundial da Alimentação celebrado esta segunda-feira (16/10), o Papa Francisco visitou a sede da FAO em Roma. Ao fazer uma análise das causas da pobreza, o Pontífice sugeriu a inserção da “categoria do amor” na linguagem da cooperação internacional, como forma de vencer a fome:
“Seria exagerado introduzir na linguagem da cooperação internacional a categoria do amor, conjugada como gratuidade, igualdade de tratamento, solidariedade, cultura do dom, fraternidade e misericórdia? Essas palavras efetivamente expressam o conteúdo prático do termo “humanitário”, tão usado na atividade internacional. Amar os irmãos, tomando a iniciativa, sem esperar a ser correspondidos, é o princípio evangélico que encontra também expressão em muitas culturas e religiões, convertendo-se em princípio de humanidade na linguagem das relações internacionais”.
A ONU oficializou esta recorrência em 1992, mas sua origem remonta a 17 de outubro 1987, quando cem mil pessoas guiadas pelo Padre Joseph Wresinski , reuniram-se na Esplanada onde foi assinada a Declaração dos Direitos do Homem, no Trocadéro, em Paris, para defender os direitos humanos de cada país, condição e origem.
O Padre Wresinski sintetizou o sentido desta data com estas palavras: “Onde os homens são condenados a viver na miséria, os direitos do homem são violados. Unir-se para que sejam respeitados é um dever sagrado”.
A erradicação da pobreza e da fome é um dos oito objetivos de desenvolvimento do milênio, definidos no ano de 2000 por 193 países membros das Nações Unidas e por várias organizações internacionais.
Os 10 países mais pobres do mundo são República Democrática do Congo, Zimbabwe, Burundi, Libéria, Eritreia, República Centro Africana Central, Níger, Malawi, Madagáscar, Afeganistão.
Por Rádio Vaticano