Espírito Santo é foco da primeira pregação do Advento no Vaticano

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Começaram nesta sexta-feira, 2, no Vaticano, as tradicionais pregações do Advento, conduzidas pelo pregador da Casa Pontífica, frei Raniero Cantalamessa, para o Papa e a Cúria Romana. Francisco começou seu dia participando da pregação, que teve como foco o Espírito Santo.
As pregações são realizadas na Capela Redemptoris Mater. Durante as quatro sextas-feiras do período de Advento, frei Raniero dedicará suas meditações ao tema “Bebamos, sóbrios, a embriaguez do Espírito”.
O frade capuchinho iniciou a reflexão teológica falando do Espírito Santo como a novidade teológica e espiritual mais importante depois do Concílio e a principal fonte de esperança da Igreja.
No próximo ano, recordou Cantalamessa, será comemorado o 50º aniversário do início da Renovação Carismática, um dos muitos sinais do despertar do Espírito e dos carismas na Igreja. Esta experiência renovada do Espírito Santo tem estimulado a reflexão teológica.
A experiência do Espírito Santo em Pentecostes levou a Igreja a descobrir a figura de Jesus e os seus ensinamentos. O Paráclito, prometido por Jesus, conduz os discípulos à “verdade plena” sobre o Pai e o Filho.
Em outras palavras, diz o Pregador, na ordem da criação e do ser, tudo parte do Pai, passa pelo Filho e chega ao homem pelo Espírito; na ordem da redenção e do conhecimento, tudo começa com o Espírito Santo, passa pelo Filho e retorna ao Pai.
Ação
Desta forma, frei Cantalamessa propõe alguns aspectos da ação do Espírito Santo, partindo do terceiro artigo do Credo, que compreende três grandes afirmações: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida”; “Que procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”; e “falou pelos profetas”.
A Carta aos Hebreus diz que “depois de falar um tempo por meio dos profetas, nos últimos tempos, Deus nos falou pelo Filho”. Assim, o Espírito não parou de falar por meio dos profetas, o fez com Jesus e o faz ainda hoje na Igreja.
Piedade cristã
O Pregador Capuchinho concluiu a sua primeira meditação recordando que a teologia, a liturgia e a piedade cristã, tanto no Oriente como no Ocidente, consolidaram o símbolo de fé: o Credo.
Na sequência de Pentecostes, a relação íntima e pessoal com o Espírito Santo é expressa com títulos como “Pai dos pobres, luz dos corações, doce hóspede da alma e dulcíssimo alívio”. A mesma sequência dirige ao Espírito Santo uma série de belas orações, que respondem às necessidades humanas.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano