Há esperança mesmo quando tudo parece perdido

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O Papa Francisco deu continuidade nesta quarta-feira, 14, ao ciclo de catequeses sobre a esperança cristã. Reunido com cerca de 6 mil fiéis na Sala Paulo VI, ele falou da esperança nesse tempo de preparação rumo ao Natal, destacando que o cristão mantém a esperança mesmo quando tudo parece perdido.
A reflexão do Papa foi centrada no livro de Isaías. O profeta narra o convite feito a Jerusalém para que desperte e vista sua roupa de festa, porque o Senhor veio para libertar o seu povo, e acrescenta: “Meu povo ficará sabendo o meu nome.: ‘Aqui a teu lado eu estou!’”.
Francisco explicou que esta expressão dita por Deus resume toda a vontade de salvação, pois, liberada do exílio, Israel pode reencontrar Deus e na fé, reencontrar-se a si mesma. Em seguida, o profeta insere um canto de exaltação, dizendo que Jerusalém vai explodir de alegria pois Deus consolou o seu povo.
Os versos de Isaías se referem ao milagre da paz, mas dão destaque especial aos passos velozes do mensageiro, para anunciar a libertação e a salvação e proclamar que Deus reina. Segundo o Papa. são estas as palavras da fé em um Senhor cuja potência se inclina sobre a humanidade para oferecer misericórdia e libertar o homem. E a realização deste imenso amor será precisamente o Reino instaurado por Jesus, o Reino de perdão e de paz celebrado no Natal e que se realiza definitivamente na Páscoa.
O Papa afirmou que são estes os motivos da esperança dos cristãos. “Quando tudo parece acabado, quando nos vem a tentação de crer que nada mais tem sentido, surge a bela notícia trazida por aqueles passos velozes. Deus está vindo para realizar algo de novo, arregaçou as mangas e nos traz liberdade e consolação; o mal não triunfará para sempre, há um fim para a dor. O desespero foi vencido”.
Francisco destacou que todos são chamados a se levantar e atender ao convite do profeta e se tornarem homens e mulheres de esperança. “Como é feio o cristão que perde a esperança, que acha que tudo está terminado, que vê somente muros diante de si… Mas o Senhor abate os muros com o seu perdão”.
A mensagem da Boa Nova é urgente, acrescentou o Papa, de forma que é preciso correr como o mensageiro, pois o mundo não pode esperar, a humanidade tem fome e sede de justiça, de verdade e de paz. “Ao ver o Menino de Belém, as crianças do mundo podem saber que a promessa se cumpriu: naquele pequeno recém-nascido se encerra toda a potência de Deus que salva. É preciso abrir o coração àquela pequenez e maravilha; é a maravilha do Natal, a que nós estamos nos preparando. É a surpresa de um Deus menino, de um Deus pobre, de um Deus frágil, de um Deus que abandona sua grandeza para se fazer próximo de cada um de nós”.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano