Consep aprova calendário de atividades para celebrar os 70 anos da CNBB e os 15 anos da Conferência de Aparecida

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O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está reunido nesta quarta-feira, 23 de fevereiro, de forma virtual. Este é o primeiro encontro do ano e foi oportunidade para aprovar a programação de duas celebrações que devem marcar as atividades de 2022: o aniversário de 70 anos da CNBB e os 15 anos da Conferência de Aparecida.

Na manhã desta quarta-feira, os bispos também acompanharam as apresentações das análises de conjuntura social e eclesial. Foram dados informes sobre a abertura da Campanha da Fraternidade e coletadas sugestões para a reflexão sobre o momento eleitoral no Brasil.

70 anos da CNBB

No ano em que celebra seus 70 anos de criação, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil quer realizar diversas atividades celebrativas e de reflexão para marcar as sete décadas. Foi escolhido o lema CNBB 70 anos: comunhão, participação e missão.

Segundo o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a proposta foi construída tendo em vista as diversas atividades programadas para este ano, tanto no interno da Igreja como no ambiente externo, marcado pelas eleições gerais de outubro. A preocupação é que “um evento faça sombra ao outro”. Assim, ao elaborar a proposta, a Presidência da CNBB refletiu: “como celebrar 70 anos da CNBB em meio a tudo isso?”. A solução foi aproveitar os momentos já definidos no calendário para a realização de atividades.

A abertura da série de eventos comemorativos será no dia 6 de março, em Aparecida. Será neste dia que a Presidência da entidade estará no Santuário da Padroeira do Brasil para a missa de abertura simbólica da Campanha da Fraternidade e também das atividades do Jubileu dos 70 anos da Conferência.

“Ao apresentar o tema da Campanha da Fraternidade, nós propomos que, neste gesto concreto, se faça então a abertura também das comemorações do 70º aniversário da Conferência”.

De 25 a 29 de abril, durante a etapa virtual da 59ª Assembleia Geral da CNBB, serão exibidos vídeos de “figuras importantes que marcaram a vida da CNBB”.

No mês de junho, o Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ) promoverá um seminário que vai abordar “A relação do Vaticano II com a CNBB” e a “Relação da CNBB com a sociedade brasileira”. O evento está marcado para o período de 7 a 9 de junho.

Já em setembro, na etapa presencial da Assembleia Geral, ocorrerá uma sessão noturna, no dia 1º de setembro, na qual será realizada uma roda de conversa com bispos e leigos ligados à CNBB. Ao final da atividade, deve ocorrer um Concerto com Orquestra PENSA, de Aparecida.

No mês do aniversário da CNBB, mais celebrações. A Presidência da CNBB vai pedir que uma das celebrações do dia 12 de outubro no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida esteja ligada aos 70 anos da CNBB.

No dia do aniversário, 14 de outubro, deve ser celebrada uma missa na sede da CNBB com toda a Presidência. O núncio apostólico no Brasil será convidado para presidir a Eucaristia. No mesmo dia, terá início a 10ª Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus, seguindo até o dia 16.

Para fechar as celebrações, no dia 29 de outubro, haverá uma missa na capela do Palácio São Joaquim, Rio de Janeiro, onde a CNBB foi criada. Também foram apresentadas algumas iniciativas de comunicação previstas para o ano, como publicações e exposições.

Conferência de Aparecida – 15 anos depois

A CNBB também tem uma proposta para a celebração dos 15 anos da Conferência de Aparecida aqui no Brasil. A Presidência apresentou as iniciativas que devem ser levadas adiante durante os próximos meses. Em maio, a Presidência da entidade terá duas atividades no Santuário de Aparecida, que sediou a Conferência Latino Americana.

Também está previsto um seminário com reflexões conduzidas pelo INAPAZ e pelos Institutos de Teologia das universidades católicas. Foram sugeridos vários temas relacionados à Conferência de 2007.

Análises de conjuntura

A análise de conjuntura social começou com uma homenagem. A partir de agora, o grupo que prepara o material para os bispos levará o nome do membro falecido no dia 30 de janeiro, padre Thierry Linard de Guertechin.

O primeiro texto de 2022 contém uma abordagem panorâmica da realidade. No ambiente externo, destaca-se a geopolítica da “guerra mundial em partes” e de uma “guerra híbrida”. No ambiente interno, foram avaliados os rumos da política brasileira. O cenário deste ano, de acordo com a análise, “será dominado pela perspectiva das eleições de outubro”. O grupo ainda tratou da economia e das dores da sociedade. Na reunião do Conselho Permanente, o grupo vai apresentar um texto sobre o congresso nacional.

Já na análise de conjuntura eclesial, tratou sobre o “Evento sinodal latino-americano e o caminho sinodal da Igreja no Brasil”, recordando os processos sinodais na América Latina desde a preparação para o Sínodo da Amazônia, passando pela Assembleia Eclesial e agora com o Sínodo sobre a Sinodalidade. A produção é do Comitê de Peritos do INAPAZ e avaliou os cenários externo e internos, bem como fatores que favorecem ou comprometem o caminho sinodal, e as forças e as fraquezas.

Uma das conclusões do grupo é que a grande novidade do evento sinodal é “uma experiência de diálogo dos vários sujeitos, que traz um reforço da comunhão, em primeiro lugar, encontrada nos processos”. Padre Marcial Maçaneiro, membro do grupo de peritos do INAPAZ, destacou que corresponsabildade e missão são as duas grandes novidades que emergem da experiência sinodal na América Latina com reflexos na Igreja no Brasil. Também destacou que é um meio que favorece o estado permanente de missão: “O paradigma missionário de Aparecida se confirmou nessa assembleia eclesial”.

Em uma das reações dos presentes à exposição sobre a Assembleia Eclesial, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom  Walmor Oliveira de Azevedo, recordou que o Celam pretendia fazer uma sexta Conferência do Episcopado Latino Americano e Caribenho e o Papa disse que ainda não era o momento, por conta de a Conferência de Aparecida não estar esgotada. “Então me parece muito importante voltar lá onde tem fecundação muito interessante para a sinodalide, comunhão, participação e missão”, destacou.

CF 2023, 59ª AG CNBB e informes das comissões

O central da reflexão da tarde foi o levantamento de sugestões de foco para abordar o tema da Campanha da Fraternidade 2023, o objetivo, pauta e assuntos a serem abordados no processo da 59ª Assembleia Geral da CNBB, com especial atenção sobre a avaliação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023). As Comissões Episcopais Pastorais também apresentaram os seus informes e as ações que estão propostas e encaminhadas para serem realizadas em 2022

Consep

O Conselho Episcopal Pastoral é formado pela Presidência da CNBB e os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais da CNBB, e tem a participação de assessores e representantes de Pastorais e Organismos.

 

 

 

 

Fonte: CNBB