“Beyond the Sun” (“Além do Sol”) é o filme do produtor Andrea Iervolino, que será apresentado no Festival do Cinema de Roma no final de outubro e em dezembro entrará em cartaz nas salas de todo o mundo. A particularidade, é que a película tem a participação do Papa Francisco.
“Não que ele tenha interpretado”, explica Iervolino, “a sua, é uma participação especial em algumas cenas, as mais importantes do filme, mas não interpreta em nenhuma parte”.
“O Santo Padre é ele mesmo, o Pastor que narra o Evangelho, com aquela maravilhosa simplicidade, àqueles que estão habituados ao seu pontificado. E nas cenas, explica a um grupo de crianças o caminho para chegar a Jesus”, antecipou o ítalo-canadense de 29 anos, originário de uma pequena cidade do Lácio, e que está conquistando o mundo do cinema estadunidense com trabalhos interpretados por “monstros sagrados” do calibre de Al Pacino, Jeremy Irons e Antonio Banderas.
Ele revela à revista “Chi” – nas bancas italianas a partir desta quarta-feira, 27 – como conseguiu fazer com que o Santo Padre participasse de uma longa cena de seu último filme,produzido junto com Monika Bacardi.
“O Papa entendeu logo a importância daquilo que queríamos realizar”, explicou. “Além disso, a ideia do filme nasce de uma pessoa que no passado já havia colaborado com Bergoglio, quando ainda não era Papa, em projetos para ajudar crianças na Argentina. E, de fato, também o nosso filme tem esta finalidade: todos os lucros de “Beyond the Sun” serão destinados a algumas associações argentinas que cuidam de crianças sem família”.
“Há alguns dias – revelou Iervolino – organizamos uma projeção privada no Vaticano. O Papa gostou muito. Depois escreveu uma belíssima carta, dizendo que o filme será uma pequena semente que crescerá e se tornará algo grande, como o grãozinho de mostarda da parábola”.
O jovem produtor, católico praticante, está entusiasmado com o resultado final: “É a primeira vez que um Papa participa de um projeto do gênero, é um filme que faz bem e que ajudará milhares de crianças. E divulga a história mais bela nunca antes contada. Se há dois mil anos não tivessem existido os apóstolos para narrar as palavras de Jesus, a Igreja não teria nascido. Assim, considero este filme um pouco como um apóstolo que girará o mundo falando de Deus. Sinto isto como uma grande responsabilidade”.
Por Rádio Vaticano