“Para romper o círculo vicioso das notícias más – como nos pediu o Papa Francisco na Mensagem para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais – não basta relatar boas notícias, mas é preciso sobretudo mudar as narrativas, as modalidades de relato nas situações do mundo que são sempre feitas de luzes e sombras, de graça e de pecado, de violência e de ternura.”
Foi o que disse na terça-feira (18/07) o prefeito da Secretaria para a Comunicação (SpC) da Santa Sé, Mons. Dario Edoardo Viganò, ao falar na apresentação do coleção “Rostos de Esperança” da associação “Amigos de Santina Zucchinelli”.
Relatos feitos no horizonte de uma compreensão possível
Segundo o prefeito vaticano os volumes da coleção seguem esta lógica, porque “relatam história de pessoas que viveram situações dramáticas e de ferocidade, mas são narradas através de uma trama que perfaz o horizonte de um possível perdão, de uma compreensão possível”.
As obras são escritas por Pe. Luigi Ginami, sacerdote do norte da Itália e filho de Santina Zucchinelli, que dá nome à referida Fundação. Evocando a experiência e a atividade do presbítero em várias partes do mundo mais pobres e sofredoras, Mons. Viganò observou em tom de brincadeira que “na Cúria e na Igreja existem sacerdotes que querem bem ao Senhor, que sentem a força de um testemunho, que sabem fazer gestos de consolação e de bem”.
Discrição e silêncio caracterizam o testemunho
O prelado ressaltou que “os traços característicos do testemunho são a discrição e o silêncio”. Mas é preciso “um olhar puro que saiba encontrar estes sinais de testemunho”.
Em seguida, Mons. Viganò evocou o “tema do ecumenismo”, ao qual o Papa Francisco está dando um lugar central. O prefeito prosseguiu observando que “para que a fé se torne concretude devemos ter a peito a história, a memória, inclusive a do futuro”. E que – referindo-se à experiência de Nicodemos – “é preciso nascer de novo. Renascer do alto para ver as vicissitudes do mundo como Deus as vê”.
Por Rádio Vaticano