A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) inaugurou ontem, quinta-feira, dia 27, um monumento em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. A obra de arte, instalada no jardim da sede da CNBB, em Brasília (DF), foi abençoada pelo arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, em celebração que reuniu os bispos do Conselho Permanente, colaboradores do secretariado geral da Conferência, representantes do Santuário Nacional de Aparecida e o núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello.
“Para nós é um momento grato de abençoar e inaugurar essa escultura dedicada a Nossa Senhora Aparecida”, afirmou dom Damasceno, que recordou que o monumento representa o acontecimento do encontro da imagem, em 1717, em sintonia com o Jubileu dos 300 anos promovido pelo Santuário.
Após motivação inicial, no hall de entrada da sede da Conferência, quando foi lido um trecho do Evangelho de Lucas, na qual Isabel diz a Maria “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. Logo após, os participantes seguiram em procissão, cantado a ladainha de Nossa Senhora até o jardim onde foi abençoado o monumento.
“Que bom que esse monumento tão belo em homenagem a Nossa Senhora Aparecida esteja no coração do Brasil e na CNBB, como sinal do nosso amor a Nossa Senhora, a nossa devoção, mas também como sinal da comunhão. E nós nos unimos porque nos sentimos uma grande família que tem como mãe Nossa Senhora Aparecida”, comentou o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha.
Para dom Sergio, o monumento abençoado nesta quinta-feira é um marco no Ano Nacional Mariano, que vai perdurar além do ano jubilar. “O Ano Mariano quer ser um ano em que nós voltamos o nosso coração para Nossa Senhora, na oração, na reflexão, nas peregrinações, mas depois para continuar com o coração voltado para Ela, para, junto com dela, seguir Jesus Cristo, participar da igreja”, afirmou.
“O ano Mariano, nos anima a vivenciar ainda mais esse coração filial que traz o amor, a gratidão, a confirmação nessa mãe querida, mas contando com Ela crescer no seguimento de Jesus Cristo e na participação da igreja”, resumiu.
Monumento
Feito em Aço Corten e Bronze, o monumento tem 6 metros de altura, 3 cm de espessura e pesa 4.110 quilos. A concepção artística é de autoria do artista Cláudio Pastro, falecido dia 19 de outubro, e com produção da Progetto Arte Poli, de Verona, na Itália, e instalação da Lótus Implantação de Projetos. O artista sacro autor da obra foi lembrado pelo cardeal Damasceno, durante a bênção.
A imagem de Nossa Senhora em bronze corresponde à Virgem vestida de sol. Sua razão é apontar o Cristo, com a cruz e a forma do monumento, um triângulo. Abaixo do nicho, o povo brasileiro que tem a Senhora Aparecida como protetora, Padroeira e Rainha de seu país, “aquela que nos aponta o Cristo”, reforçando que o Brasil é uma nação cristã.
Homenagem no Vaticano
No dia 3 de setembro também foi inaugurado nos Jardins do Vaticano, em Roma, um monumento em homenagem à Padroeira do Brasil com a benção do papa Francisco. O pontífice expressou seu apreço com a devoção a Nossa Senhora Aparecida, mas também ressaltou sua preocupação com o atual momento vivido pelo Brasil, sobretudo com as crianças e os mais necessitados de nosso país. A iniciativa da instalação do monumento partiu do Santuário Nacional, e foi articulada pela arquidiocese de Aparecida e pela Embaixada Brasileira no Vaticano. Em Aparecida, a inauguração aconteceu no dia 8 de outubro, em meio as comemorações da Festa da Padroeira 2016.
Festa sem o papa
Em visita da Presidência da CNBB ao papa Francisco, no último dia 20, no Vaticano, o pontífice informou que não poderá visitar o Brasil em 2017. A expectativa era que Francisco visitasse o Santuário Nacional de Aparecida durante as comemorações dos 300 anos do encontro da imagem.
“Ele disse que ano que vem não poderá ir a Aparecida porque não há condições pois foram suspensas as visitas dos bispos em 2016 e essas visitas serão acumuladas com as do próximo ano”, explicou o arcebispo de Salvador (BA) e o vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger.
Por CNBB