Faleceu na noite desta segunda-feira, 12, o prelado do Opus Dei, Dom Javier Echevarría, segundo sucessor de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei. Ele havia sido internado no último dia 5 de dezembro no policlínico Campus Bio-Medico de Roma por uma ligeira infecção pulmonar.
O vigário auxiliar da Prelazia, Dom Fernando Ocáriz, pôde administrar-lhe os últimos sacramentos na tarde de ontem. Dom Javier Echevarría estava recebendo um antibiótico para combater a infecção. O quadro clínico complicou-se, provocando uma insuficiência respiratória, que causou o falecimento.
Como está previsto pelo Direito da Prelazia, o governo ordinário da prelazia recai agora no vigário auxiliar e geral, Dom Fernando Ocáriz. Segundo os estatutos da Prelazia, compete a ele convocar um congresso eletivo para eleger o novo Prelado, no prazo de um mês. O Congresso deve realizar-se no prazo de 3 meses. Posteriormente, a eleição deve ser confirmada pelo Papa.
Dom Javier faleceu aos 84 anos de idade. Nasceu em Madri em 1932, e nessa mesma cidade conheceu São Josemaria, de quem foi secretário desde 1953 até 1975. Depois foi nomeado secretário-geral do Opus Dei. Em 1994, foi eleito Prelado. Recebeu a ordenação episcopal com João Paulo II no dia 6 de janeiro de 1995 na basílica de São Pedro.
Ao longo da noite, foram celebradas diversas Missas de Corpore insepulto na capela do hospital. Dom Ocariz celebrou a primeira à 1h (22h no horário de Brasília). Ao relatar a notícia do falecimento, ele comentou que este é um momento de oração, de serenidade e de unidade. “A pena pela perda de um pai se une ao agradecimento pelo carinho e pelo bom exemplo que nos deu nestes 22 anos como prelado”.
O vigário auxiliar explicou que justamente no 3 de dezembro passado, dia do seu onomástico, Dom Javier Echevarria disse às pessoas do Opus Dei que o acompanhavam: “quero me apoiar em vocês. Preciso de vocês. Eu já estou de passagem. A Prelazia do Opus Dei está em suas mãos. Sustentem ao prelado, seja quem for. “
Mons. Ocariz também relatou que, em seus últimos momentos, o prelado “rezava à Virgem de Guadalupe. As pessoas que o acompanhavam, perguntaram: quer que coloquemos a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe à vista? E ele respondeu: Não é necessário, mesmo sem ver o quadro, sinto-a comigo”.
Por Canção Nova, com Opus Dei