A diminuição na carga de trabalho do Papa Francisco no período de férias europeias que se iniciam é considerada normal. O padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, afirmou que o Papa está bem de saúde e que o menor número de compromissos se deve ao período de verão no hemisfério norte.
O Papa, hoje com 77 anos, acorda às 4h45 da manhã. Ele para só no início da tarde, quando faz um breve descanso de 30 minutos. Neste meio de ano, não descansará às terças-feira, como faziam os seus predecessores. E a residência de verão dos papas, em Castel Gandolfo, permanecerá vazia.
Segundo o jornal italiano La Stampa, o Papa Francisco tem 12.000 – sim, doze mil – reuniões pessoais por ano e nenhum dia de férias. Por isso – argumenta o vaticanismo Andrea Tornielli – ele tem o direito de se cansar e remarcar compromissos, como uma visita que faria ao hospital Gemelli, em Roma, na sexta-feira passada.
O padre Lombardi disse ao La Stampa que o Papa “decide a sua agenda”. Ele tem um “ritmo de vida muito intenso, devido ao fato de se sentir chamado ao serviço do Senhor com todas as suas forças. Nem sequer quando era arcebispo de Buenos Aires ele tinha férias”.
Mudanças na agenda de meio do ano do Papa
Em primeiro lugar, a missa das manhãs do Papa com os fiéis na Casa Santa Marta foi suspensa nas próximas semanas. Francisco as retomará em setembro.
No mês de julho, o Papa não realizará audiências gerais. Estas serão retomadas no dia 6 de agosto, mês em que Francisco viajará à Coreia (13 a 18).
Agora o Papa continuará pondo seus esforços na reforma da Cúria Romana. Nesse ponto não há pausa. Para isso, reúnem-se no Vaticano durante esta semana os 8 cardeais que integram o Conselho de Cardeais.
No dia 5 de julho, o Santo Padre visitará a região de Molise, em sua quarta viagem dentro da Itália. Visitará os pobres, saudará os doentes, conversará com os jovens e anunciará o ano jubilar Celestino (dedicado ao Papa Celestino V).
A oração do Angelus será guiada pelo Papa todos os domingos dos meses de julho e agosto, com exceção do final de semana em que ele estará na Coreia.
Um outro compromisso recorrente poderia mudar no futuro na agenda do Papa. O jornalista Marco Tosatti, em outro artigo no La Stampa, cita fontes vaticanas que confirmam que as visitas “ad limina” poderiam mudar. A cada cinco anos, os bispos de todo o mundo devem fazer uma viagem a Roma para se encontrar com o Papa. Os bispos aumentam em número, e o Papa, segundo Tosatti, parece que “não consegue receber a todos individualmente, ele se cansa muito”.
Por Aleteia