O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 9, no Vaticano, cerca de 1500 pessoas que representam os doadores da árvore e do presépio que foram colocados na Praça São Pedro para o período do Advento e a festividade do Natal. Ambos serão inaugurados oficialmente nesta sexta-feira, 9.
Francisco saudou de forma especial as crianças que ajudaram a fazer as bolas decorativas da árvore. São crianças em tratamento oncológico em vários hospitais em Roma. “As bolas coloridas que vocês criaram representam os valores da vida, do amor e da paz que o Natal de Cristo a cada ano vem nos repropor”.
O presépio que foi colocado na Praça São Pedro reproduz a paisagem maltesa e é completado pela tradicional Cruz de Malta e pelo “luzzu”, típica embarcação maltesa. Segundo o Papa, essa embarcação recorda a triste e trágica realidade dos migrantes nas barcas que se dirigem à Itália. Na experiência dessas pessoas, vê-se aquela de Jesus, disse Francisco, que ao nascer não encontrou abrigo e depois foi levado ao Egito para fugir da ameaça de Herodes.
“Quantos visitarem esse presépio serão convidados a redescobrir o valor simbólico, que é uma mensagem de fraternidade, de partilha, de acolhimento e de solidariedade. Também os presépios preparados nas igrejas, nas casas e em tantos lugares públicos são um convite a dar lugar na nossa vida e na sociedade a Deus, escondido na face de tantas pessoas que estão em condições difíceis, de pobreza e de tribulação”.
Já o pinheiro para a árvore de Natal foi retirado da bela paisagem da cadeia de montanhas do Lagorai, o que, segundo o Papa, convida a contemplar o Criador e a respeitar a natureza, obra de suas mãos.
“O presépio e a árvore formam, portanto, uma mensagem de esperança e de amor e ajudam a criar o clima natalício favorável para viver com fé o mistério do Nascimento do Redentor, vindo à terra com simplicidade e mansidão. Deixemo-nos atrair, com alma de criança, diante do presépio, porque ali se compreende a bondade de Deus e se contempla a sua misericórdia, que se fez carne humana para comover nossos olhares”.
Por Canção Nova, com Boletim da Santa Sé