Participação feminina na política está estagnada, diz ONU

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A diretora da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka afirmou na quarta-feira (15/03) que a participação feminina em parlamentos e governos apresenta uma estagnação global, com revezes em alguns países. Mlambo denunciou ainda “uma persistente falta de voz das mulheres onde essa é mais importante”.

“Está claro que o mapa do desejo de liderança e política é critico. Particularmente no que diz respeito a composição dos gabinetes, que é feita por um pessoa, o Chefe de Estado. Se mais Chefes de Estado tivessem interesses neste assunto, nós poderíamos facilmente resolver o problema da representação feminina nos gabinetes”, disse Mlambo durante a apresentação do Mapa das Mulheres na Política 2017.

O mapa mostra que a média global de mulheres em parlamentos nacionais cresceu ligeiramente de 22,6% em 2015 para 23,3% em 2016.

Ruanda, Bolívia, Cuba, Islândia e Nicarágua são os países com a maior percentagem de mulheres nos parlamentos.

Bulgária, França, Nicarágua, Suécia e Canadá superaram a marca de 50% de mulheres em posições ministeriais que pode ser atribuída a uma clara política comprometida ao máximo em nível de tomada de decisão feminina, assim como em uma genuína política cultural de igualdade de gênero.

Em janeiro de 2017, 10 mulheres serviam como Chefes de Estado e 9 como Chefes de Governo. Ruanda é o país com o maior número de mulheres parlamentares no mundo. Elas conquistaram 63,8% das cadeiras na Câmara dos Deputados. Globalmente, são 38 os Estados em que as mulheres são menos de 10% dos parlamentares, incluindo quatro parlamentos sem nenhuma mulher.

Brasil

A representatividade política feminina no Brasil está entre as mais baixas do planeta. O Brasil aparece na 167ª posição na lista de mulheres com funções ministeriais e na 154ª naquela das mulheres parlamentares: dos 513 deputados, somente 55 são mulheres; entre os 81 senadores, somente 12 são mulheres.

Por Rádio Vaticano