Na véspera do Dia Internacional da Mulher, o Vaticano apresentou oficialmente nesta terça-feira, 7, a comissão feminina do Pontifício Conselho para a Cultura. Trata-se de uma seção idealizada em 2015 e que reúne economistas, cientistas, empresárias, atletas, jornalistas e teólogas não somente cristãs.
O objetivo desta Comissão é trabalhar em diálogo com as diversidades, as religiões e os inúmeros campos em que as mulheres atuam, convencidos de que a pluralidade é o pressuposto da ação humana.
Para o organismo, a diferença feminina não favorece a promoção de uma discussão ideológica. “Não falamos em nome da mulher, mas alimentamos uma discussão propositiva sobre a evolução dos papéis, tema sobre o qual as mulheres são protagonistas há mais de um século, enquanto os homens parecem vivê-lo de modo passivo”, lê-se numa nota do Pontifício Conselho, presidida pelo Cardeal Gianfranco Ravasi.
A Comissão considera que a luta das mulheres em ampliar os confins da própria liberdade requer um novo pacto com os homens – irrigado pelo amor e pela amizade – seja na esfera pública, seja dentro dos elos familiares como nutrimento da relação materna e paterna.
Integram a Comissão 37 mulheres de várias nacionalidades, profissões e religiões. Este organismo nasceu em 2015 depois que o Dicastério para a Cultura dedicou a Plenária de 2014 ao tema “As culturas femininas”.
Na apresentação aos jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé, o Presidente do Pontifício Conselho, Cardeal Gianfranco Ravasi, afirmou que, na prática, os membros terão um papel ativo já na próxima Plenária do Dicastério, trabalhando lado a lado com sacerdotes e bispos.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano