REPAM levará violações de direitos na Amazônia à CIDH, nos EUA

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A Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM) estará em Washington (EUA) no dia 17 de março, apresentando à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) treze casos relativos à defesa do território dos povos indígenas e das comunidades da Amazônia na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.

proposto pela REPAM, que estará representada por seu Presidente, Cardeal Cláudio Hummes, o Vice-presidente, Dom Pedro Barreto, arcebispo de Huancayo, no Peru, e por Maurizio Lopes, secretário-executivo.

Do Brasil, serão levados dois casos: a comunidade agrícola de Buriticupú, no estado do Maranhão, aonde a luta pela terra começou na década de 80. Hoje, embora reconhecida, seus colonos não têm título de propriedade definitivo. A empresa Vale S.A. concessionou a atividade ferroviária à Ferrocaril de Carajás, e desde então, o risco constante de descarrilamento do trem e os deslocamentos da população devido à ampliação das linhas impedem a paz e a dignidade dos moradores. Além disso, existem impactos ambientais no Rio Pindaré, um dos principais meios de sobrevivência das comunidades.

Outro caso é o do povo indígena Jaminawa Arará, no estado do Acre, onde se verifica a falta de demarcação dos territórios da comunidade indígena. A violação ocasiona saques e roubos de recursos naturais e facilita a velha prática da ocupação das terras. O desrespeito dá lugar ao comércio de terras e concessões a indústrias extrativas, em detrimento da consulta prévia.

Dentre as experiências mais difíceis, a REPAM assinala também a relativa à comunidade indígena Tundayme (sul do Equador Sud), aos povos indígenas de Tagaeri e Taromenani (norte do Equador) e à comunidade de Yurimaguas (Floresta peruana).

Por Rádio Vaticano