Sem o desarmamento, a não proliferação e o controle das armas a paz continuará sendo gravemente ameaçada com o consequente aumento do risco de uma utilização de armas biológicas, químicas e nucleares por parte de Estados ou grupos terroristas.
Foi a forte advertência do observador permanente da Santa Sé na Onu, Dom Bernardito Auza, num debate, esta quinta-feira (28/06), no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O prelado definiu “um imperativo” para todos os atores estatais a superação das divergências e o alcance de soluções políticas para um desafio-chave para a governança mundial.
Contradição em falar de paz e permitir as armas
Passados seis meses da resolução 2325 sobre a não proliferação das armas de destruição em massa, a situação permaneceu substancialmente inalterada, acrescentou o arcebispo filipino citando em seguida o Papa:
“Nós dizemos: nunca mais, mas, ao mesmo tempo, produzimos armas e as vendemos àqueles que estão em guerra com outro. É uma contradição absurda falar de paz e, ao mesmo tempo, promover ou permitir o comércio de armas.”
Um desafio global
A Santa Sé define a cooperação entre os Estados e a coordenação dos esforços nacionais, regionais e internacionais como essenciais para reforçar a resposta a esse sério desafio global. O representante vaticano exortou todos os Estados à adoção de medidas adequadas em conformidade com o direito nacional e internacional.
Sim à criação de áreas livres de armas de destruição em massa
Segundo o observador permanente “a criação de áreas livres de armas de destruição em massa constituiria um grande passo” a demonstrar a possibilidade de alcançar “um acordo global pela não proliferação” e a tutela da segurança global e do desenvolvimento sustentável.
De fato, os custos humanos e materiais derivantes da produção de armas tanto convencionais quanto de destruição em massa são enormes, ressaltou Dom Auza.
Por Rádio Vaticano