Silêncio tem papel central na presença comunicativa do Papa

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“O silêncio tem um papel central na presença comunicativa de Francisco, muitas vezes assumindo um peso semântico significativo.” Foi o que evidenciou o prefeito da Secretaria para a Comunicação (SpC) da Santa Sé, Mons. Dario Edoardo Viganò, ao participar na tarde de quarta-feira (05/07) em Milão – norte da Itália – do encontro anual dos usuários publicitários associados.

“A grande capacidade de escuta do Papa se mede também em função do silêncio necessário para entrar em relação com o outro”, explicou o prefeito. Nessa ótica, acrescentou, “devem ser lidas suas iniciativas que jamais são fruto de uma planificação voltada a criar espetáculo ou desorientação, mas a enfatizar a relevância do plano do conteúdo, solicitando a reflexão sobre temas no centro do Pontificado, como a misericórdia, por exemplo.

A esse respeito, Mons. Viganò recordou a distribuição de 40 mil caixinhas de “misericordina” (Kit com o Terço), na Praça São Pedro, após o Angelus de domingo 21 de fevereiro de 2016 (em 17 de novembro de 2013 havia sido feita a primeira distribuição, 20 mil caixinhas, ndr).

“A força dessa forma comunicativa não consiste banalmente na iniciativa criativa do Kit (por si surpreendente), mas na escolha de fazer com que fosse distribuído pelos pobres, sem-teto e refugiados, testemunhando o empenho concreto envolvendo quem se encontra à margem da sociedade, impelindo a ação de uma Igreja que, na visão de Francisco, deve cada vez mais estar voltada para sair de seu centro em direção às ‘periferias’”, ressaltou ele.

Esse horizonte comunicativo leva uma mensagem importante, em particular, para a mídia digital: “Superar uma visão tecnocêntrica para colocar no centro o conteúdo, a mensagem, em última instância: o valor do testemunho”, concluiu Mons. Viganò.

Por Rádio Vaticano