Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e sua família era numerosa. Catarina teve uma infância conturbada. Não pode estudar, cresceu franzina e viveu sempre doente. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo. Ainda jovem, Catarina tornou-se uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana.
Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências. Já adulta enfrentou a dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico. Catarina, mesmo analfabeta, assume a missão de reunir de novo a Igreja em torno de um só papa.
Dois Papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos e conseguiu que o Papa legítimo, Gregório décimo primeiro, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o Papado estava em Avinhão e não em Roma.
Outra dificuldade foi a peste que matou pelo menos um terço da população européia. Ela lutou pelos doentes, curou com as próprias mãos e orações. Estava à frente dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente.
Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas de alto valor histórico, místico e religioso. O livro: “Diálogo sobre a Divina Providência”, é lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Foi declarada “Doutora da Igreja” pelo Papa Paulo VI, em 1970 e mais tarde foi escolhida como patrona da Itália, junto com São Francisco.