Santa Helena nasceu, tanto quanto se pode determinar, em Drepanum, na Bitínia, talvez fosse filha de um estalajadeiro. Mais ou menos lá por 270, o general romano Constâncio Cloro a encontrou lá, e, apesar da sua origem humilde, casou-se com ela. Mas quando foi feito Caesar, persuadiram-no a divorciar-se dela e casar-se com Teodora, enteada do Imperador Maximiano. Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus. Alguns anos antes, Helena tinha dado à luz, em Naisso (Nish, na Sérvia), a Constantino Magno, que tinha uma grande consideração e afeição pela mãe, e mais tarde lhe concedeu o título de “Nobilissima Femina”, mudando o nome do lugar onde ela nasceu para Helenópolis.
Com a morte do pai em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e tornado uma cristã fervorosa e piedosa.
O jovem Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena, conseguiu assumir o trono como o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se governador; depois, o supremo e incontestável imperador de Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande. Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha travada, em 312, às portas de Roma.
Conta a história que, durante a batalha contra Maxêncio, seu exército estava em desvantagem. Influenciado por Helena, que tentava convertê-lo, Constantino teve uma visão. Apareceu-lhe uma cruz luminosa no céu com os seguintes dizeres: “Com este sinal vencerás”. Imediatamente, mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente, venceu a batalha. Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente, toda e qualquer perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de Milão, em 313, pelo qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a Helena o honroso título de “Augusta”.
Helena passou a dedicar-se à expansão da evangelização e crescimento do cristianismo em todos os domínios romanos. Às custas do Império, patrocinou a construção de igrejas católicas nos lugares dos templos pagãos, de mosteiros de monges e monjas e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres e doentes. Depois, apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a Palestina, visitar os lugares da Paixão de Cristo. Lá supervisionou a construção das importantes basílicas erguidas nos lugares santos, dentre elas a da Natividade e a do Santo Sepulcro, que existem até hoje. Conta a tradição que Helena ajudou, em Jerusalém, o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.
Pressentindo que o fim estava próximo, voltou para junto de seu filho, Constantino, morrendo em seus braços, aos oitenta anos de idade, num ano incerto entre 328 e 330. O culto a santa Helena, celebrado no dia 18 de agosto, é um dos mais antigos da Igreja Católica. Algumas de suas relíquias são veneradas na basílica dedicada a ela em Roma.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Angelo d’Agostini e Firmino.