Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos, no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo nos narram que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano, no ano 303.
A mais conhecida diz que, Felix era um sacerdote e tinha sido condenado à morte pelo imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho se declarou espontaneamente cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Felix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.
Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isto, ele foi chamado somente de Adauto, que significa “aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio”. Ainda segundo estas narrativas eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da basílica de São Paulo fora dos muros. O Papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica.
O cemitério de Comodila e o túmulo de Felix e Adauto foram reencontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos e suas ruínas abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada descobrindo-se um dos mais antigos afrescos cristãos, no qual aparece São Pedro recebendo as chaves na presença dos santos: Paulo, Estevão, Félix e Adauto.