Preocupações, publicações que tanto temos do corpo, parece que somos melhores que todos.
Todos precisam ver, todos precisam perceber, como sou forte e belo aparecer.
Publicações exaltam métodos de emagrecimento, dietas para cumprir ou comidas para exibir.
Sou fitness ou mesmo sem limites, encontro carnes, exalto doces, todos para o meu bem e clamores.
Preocupo com o corpo, público e curto sem exaltar, mas, a alma ao falar, tenho críticas e desfavores para aceitar.
Falar do corpo é agradável e visível, dialogar sobre o bem da alma, é difícil, quase impossível.
Se publicamos exercícios do corpo, somos seguidos, se publicamos exercícios da alma, somos perseguidos.
Se falamos dos bens terrestres, somos valorizados e estimados, se falamos dos bens celestes, somos ridicularizados e maltratados.
Se há mudança de carro ou casa, somos grandes, se há mudanças de ideias e comportamentos, somos bobos e delirantes.
Se recuso ir a igreja, sou esperto e autônomo, se recuso ir a festa, sou antissocial e tonto.
Preocupar somente com o corpo é se enterrar sem estar morto, preocupar com a alma, é valorizar aquilo que acalma.
Podemos perceber tantas posições, crendices e visões, mas nada adianta, se, atrás não possui razão e sim ilusão.
Cultuar músculos e maquiagens, valorizar vícios e linguagens, o mundo atual procura quem mais dá curtidas e postagens.
Exercitar a alma, nunca foi tão necessário no tempo atual, ansiedades, medos e angústias, o vírus mostrou que não tem igual.
Percebemos que o corpo padece, o dinheiro não compra o que cresce, a alma enaltece, quem da palavra transforma em prece.
Não é desvalorizar o corpo e engordar que comunico, é valorizar a alma que anima e incentivo.
Podemos perder o corpo, mas a alma jamais, espero que este texto não seja, mais um como os demais.
Pe. Rener Olegário