Na manhã de quinta-feira, 3 de junho, o bispo diocesano Dom Giovani Carlos, celebrou a solenidade de Corpus Christi, na paróquia São Sebastião, em Uruaçu. A celebração de Corpus Christi, conforme o bispo, soma à celebração da Instituição da Eucaristia. São dois momentos em que voltamos o nosso olhar à Eucaristia e para Jesus que se fez carne e se fez pão. Por isso, olhando para essas duas celebrações e para realidade da Eucaristia, nós temos dois aspectos da Santa Eucaristia que precisamos levar em conta ao nos aproximarmos do Senhor sob as formas de pão e de vinho. A primeira forma é o sacrifício e a segunda é a presença. São dois momentos importantíssimos que não se contrapõem, mas se completam. É o mesmo Senhor, mas duas formas de se apresentar na mesma realidade a todos nós: sacrifício e presença.

A liturgia desta festa nos chama a adorar o Senhor presente na Eucaristia. Já na Quinta-feira Santa em que é instituída a Eucaristia, celebramos no contexto do sacrifício, o Cordeiro Imolado. Dom Giovani afirmou que Jesus é um Deus que se oferece. O Deus da vida entrega sua vida à morte, o dono de tudo se faz nada. Ele é o Cordeiro de Deus, só que antes de entregar o seu corpo na cruz, ele parte o pão e diz: “Isto é o meu Corpo que será entregue por vós.” Esse é o aspecto do sacrifício.

Jesus quis que, esse momento da Cruz se perpetuasse na história, para que todos colhessem os frutos salvíficos de salvação deste sacrifício que foi o melhor e a maior oferenda  do Pai: ele nos seu em sacrifício o seu próprio Filho pelos nossos pecados. Hoje não precisamos ficar com o pecado na alma e no coração, nos aproximemos de um sacerdote que em nome de Cristo e agindo em “In Persona Christi” nos diz: “Teus pecados estão perdoados, eu te absorvo de todos os teus pecados.’ Hoje temos a nossa salvação à disposição, porque o Cordeiro foi imolado. E a cada missa que participamos, revivemos o mesmo ato de sacrifício de Jesus que deu a sua vida. Por outro lado, quando Jesus institui a Eucaristia para nos salvar, ele permanece presente. E na Eucaristia ele permanece conosco.

Dom Giovani explicou que a Igreja nos propõe a Solenidade de Corpus Christi para manifestarmos a nossa fé num Deus que está presente. “Ele está vivo na Eucaristia. É real, tão humilde, tão vulnerável, um pedaço de pão. Ele correu o risco da vulnerabilidade da Eucaristia, correu o risco para estar fisicamente próximo a nós. Por isso, quando nos aproximarmos da Eucaristia devemos tirar as sandálias dos pés: é um gesto de adoração”, disse o bispo. Por fim, Dom Giovani falou da importância da presença do Santíssimo em nossas vidas. “No processo de caminho da minha fé eu experimentei a salvação de Deus e agora digo: ‘Eis o Deus que me salva!’ Nele coloquei a minha confiança, por isso, eu o adoro. Onde está a Eucaristia no sacrário, ali está o nosso coração. Numa cidade tem que ter uma capela do Santíssimo, e onde eu estiver no meu trabalho eu sempre tenho a minha memória e o meu coração orientado para aquele lugar, lá está o meu Senhor, ‘Eis o Cordeiro que me salva!’.

E finalizando, cantou essa canção:

“Eis o Deus, que me salva,
Nele eu coloquei minha confiança.
Pois, Ele é minha força,
E o meu canto é o Senhor.”

E exclamou: “Por isso, graças e louvores se deem a todo momento.

Adorações se deem a todo momento

A minha vida eu ofereço a todo momento.”

Dom Giovani concluiu sua homilia explicando porque adora a Deus. “Eu o adoro. O Deus que me salva, o Deus que me salvou. Ele está no meio de nós. O Senhor esteja convosco. Com alegria eu beberei o manancial da salvação. E o meu canto é o Senhor!”
O Senhor esteja convosco!

Texto: Indra Liah
Edição: Fúlvio Costa
Fotografias: Stefany Couto

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