Festa da Divina Misericórdia

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Caríssimos irmãos, estamos celebrando nesse dia glorioso a Festa da Divina Misericórdia. Entre os anos de 1931 e 1938, através de uma série de aparições de Nosso Senhor Jesus Cristo à irmã Faustina – uma religiosa polonesa que foi declarada santa pela Igreja Católica – foi manifestado o desejo do coração de Deus de que todos os homens recorressem à sua infinita misericórdia.

Lembremos o que nos ensina o Magistério a respeito dessas revelações misteriosas. Existem dois tipos de revelação. Primeiro, a revelação pública, que contém tudo o que é necessário para a nossa salvação e santificação, e está contida na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja. Depois, a revelação privada ou particular. A esse segundo tipo de revelação pertence a devoção à Divina Misericórdia, que nos recorda realidades que já haviam sido anunciadas, mas que precisam ser retomadas pela humanidade. As revelações privadas sempre acontecem em vista do amadurecimento da fé dos fiéis, e do clareamento de algum aspecto da própria revelação pública.

Nesta Festa da Divina Misericórdia precisamos nos dirigir à Igreja com um profundo desejo de encontro com Nosso Senhor, de honrá-lo, adorá-lo, ofertar a Ele nossa piedade. Jesus comunicou à santa Faustina o tamanho da Sua alegria por tantas almas que recorriam a Ele e esperavam Nele. A Festa da Divina misericórdia deve ser uma oportunidade de reacendermos nosso amor a Deus, de nos deixarmos ser tomados pela Sua graça.

Deus recorda a humanidade através de Santa Faustina a Sua Face misericordiosa e amorosa. Num momento em que o mundo se encontrava mergulhado na violência, assolado pelo ódio, cada vez mais descrente, Jesus aparece e fala da Sua misericórdia infinita. Não existe um remédio melhor para as nossas feridas, e nem refúgio mais seguro, que o coração misericordioso de Deus.

Esse dia também é, fundamentalmente, uma oportunidade de conversão. Cada ato de fé que realizamos deve nos levar a uma proximidade maior com Deus. Por isso a festa da misericórdia ressalta a presença de Nosso Senhor que continua perto de nós e que se deixa encontrar. A misericórdia de Jesus é pessoal, no sentido que perscruta e abarca a história de cada homem e mulher no mundo, e essa intimidade com Ele reorienta nosso coração para o céu.

Portanto, vamos com confiança ao encontro de Jesus. Nesse domingo Ele nos aguarda nos confessionários, e na missa, cujo centro é a adoração do Seu corpo eucarístico. Viva a Divina Misericórdia!

Pe. Roberto César Braga
Vigário da Paróquia São José Operário