No sábado, 08 de julho, a Igreja Diocesana de Uruaçu ordenou sob a imposição das mãos do seu bispo Dom Giovani Carlos, Stênio Alves da Silva, diácono transitório para o serviço da Igreja. A cerimônia aconteceu na Paróquia São Sebastião, em Rianápolis (GO) e teve participação expressiva dos padres da diocese, religiosos e religiosas, seminaristas, vocacionados, familiares, amigos e todo o povo de Deus.

Stênio foi admitido no primeiro grau da ordem em função de receber, em breve, o segundo: o presbiterado. Neste caso, apenas os homens solteiros e dispostos a viverem o celibato podem ser aceitos. O diácono transitório possui a mesma dignidade e funções dos diáconos permanentes, mas se preparam para exercer uma futura função sacerdotal.

No rito, antes de ser ordenado diácono, consta a apresentação do eleito que assume publicamente as obrigações do Ministério, para então posteriormente, ser revestido dos paramentos, da estola e da dalmática, sinais de serviço.

Dom Giovani, em sua homilia, refletiu sobre o Evangelho do 14º Domingo do Tempo Comum (Mt 11, 25-30). “O ministério sacerdotal contém o mistério do serviço, e o serviço não é algo que se faz, é o jeito de ser, é o jeito de viver o ministério. A diaconia: o servir, o estar no mundo, a humildade, não é aquilo que fazemos, é um jeito de viver sacerdotal que não é só litúrgico, é todo em sua vida, em todo o seu comportamento, inclusive o ministério episcopal que está dentro do grau da ordem que é ministério de governo também faz parte do servir”.

Dom Giovani explicou que mesmo o ministério episcopal não está acima do serviço. “Na liturgia o bispo é convidado a em baixo da casula usar a dalmática, para lembrar que apesar do governo, ele não deixa de ser servo, que ele é chamado no governo a entender o serviço, por isso que o diaconado não é um caminho secundário para o sacerdócio, o sacerdócio vive da diaconia, ele tem o seu sentido na diaconia e é muito mais do que pedagógico, é essencial entender o ministério sacerdotal como um serviço, um jeito de ser, um jeito de viver escravo, por isso que na abertura do novo testamento Maria vai dizer: ‘eis aqui a escrava do Senhor’”.

Humildade
O ensinamento do Evangelho, conforme Dom Giovani, é humildade que está como essência e deve estar como comportamento na vida sacerdotal. “A humildade de olhar para aquele que o Senhor nos confiar. Não olhando de cima para baixo, mas de baixo para cima, com o coração humilde, o coração de Jesus humilde”.

Por fim, o bispo direcionou as palavras ao ordenando Stênio. “É isso que eu peço para você Stênio, que caminha para o sacerdócio e hoje é revestido deste ministério que não está separado da ordem sacerdotal, ele está dentro do contexto porque é o mesmo Cristo que se iguala, Cristo que vai partir o pão, derramar o seu sangue, é o Cristo que um pouco antes disso se ajoelha aos pés dos discípulos para mostrar qual o sentido de tudo o que ele vai fazer. Ele salva, ele é o Senhor, mas é humilde. Essa humildade que pedimos nesse ministério diaconal. E eu repito: o diaconado não é o servir no sentido de fazer coisas, é um jeito novo de viver segundo a graça do Senhor, Deus dá a sua graça aos humildes, mas resiste aos soberbos. Amém!”.

Fotos: Nayara Santos