“Servir não é um dom, mas uma decisão”, afirma Dom Giovani Carlos na Missa do Crisma

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Na Santa Missa do Crisma, na manhã de Quinta-feira Santa, 14 de abril, em que Dom Giovani Carlos abençoou os óleos dos catecúmenos e enfermos e consagrou o óleo do crisma, ele falou em sua homilia das três realidades da liturgia desta Quinta-feira Santa: o Lava-pés; a instituição da Eucaristia; e a instituição do sacerdócio que estão interligadas pelo sentido profundo do serviço.

Dom Giovani ainda estacou que a humildade precisa ser colocada em prática todos os dias em favor do próximo, pois esse é o nosso martírio, o martírio cotidiano “a conta-gotas” que somos chamados pelo serviço. Embora sejamos tentados todos os dias, o bispo disse que que precisamos esta atentos, sobretudo os sacerdotes para não cair na tentação da soberba e da arrogância. “Somos tentados, é verdade, a nossa posição de estar em cima, de falar de cima para baixo, causa uma tentação menos ou mais. Aparente ou escondida, mas é uma tentação de domínio, de reafirmação, e o Senhor nos lança a outro lugar, o lugar não só do sentido do nosso sacerdócio, mas da nossa própria salvação. A humildade. Jesus que foi ungido no início da vida pública é o mesmo que se ajoelhou diante dos apóstolos no final da sua vida pública”, destacou.

Nesta missa da unidade em que estavam ali reunidos os sacerdotes da diocese, Dom Giovani aproveitou para falar sobre o sentido do serviço. “A unção não nos separa, a unção nos insere na vida do povo. Somos ungidos para cuidar dos enfermos, curar os enfermos. A unção ela não pode ser separada dessa preposição para. Daí você elenca uma série de ações que podemos resumir em servir. Servir não é um dom. Não é uma virtude, eu não tenho a virtude de servir. É uma decisão porque o dom eu posso ter. Posso ficar tranquilo porque eu já tenho. Tenho o sacerdócio e fico tranquilo, acho que já estou até salvo, o servir não. Ele só existe enquanto eu decido que ele existe em minha vida. Ele não é um dom, mas uma decisão e uma resposta ao Senhor, uma forma de dar a vida, de celebrar o mistério da doação da vida a que somos chamados no altar do nosso cotidiano”.

Fotos: José Tomaz.